Executivos da estatal de petróleo de Abu Dhabi, Adnoc e do Apollo, fundo de private equity americano vieram ao Brasil visitar a Braskem (BRKM5) para reafirmar a proposta feita pela petroquímica.
Nesse sentido, o negócio envolve cerca de US$ 7,2 bilhões, em torno de R$ 35,7 bilhões, nas cotações atuais. O valor da operação considera R$ 47 por ação para adquirir a participação detida pela Novonor, ex-Odebrecht, na petroquímica, de 50,1% do capital votante.
Na última terça-feira (30), os executivos que estão à frente das negociações estiveram reunidos com a Petrobras (PETR3; PETR4) e na última quarta-feira (30), com os bancos credores da Novonor, que controla a Braskem, ao lado de Petrobras, outro sócio da petroquímica.
Vale lembrar que, as ações da Braskem que foram detidas pela Novonor foram dadas a instituições financeiras como garantia da dívida. Entre os bancos, estão o Bradesco, Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Santander e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Oferta da Adnoc e do Apollo pela Braskem (BRKM5)
A vinda dos executivos ao Brasil marca o segundo passo em direção à aquisição, após a entrega dos documentos com a proposta não vinculante, realizada no início de maio.
Entretanto, as diligências técnicas não foram realizadas e, até o momento, não têm data marcada, de acordo com pessoas próximas à negociação.
Vale enfatizar que a Adnoc e o Apollo, não é a única dupla interessada na aquisição da petroquímica brasileira. Uma vez que, a Braskem conta com uma longa lista de candidatos. Entre os ‘pretendentes’ estão, por exemplo, a holding J&F, que controla a JBS (JBSS3), a Ultrapar (UGPA3) e o BTG Pactual (BPAC11), que detém interesse em comprar a dívida.
Além disso, o governo Lula traça incertezas em relação ao futuro do acordo de compra da Braskem, dado que, o presidente da república, vêm se mostrando contrário à possível desestatização, e ainda está definindo qual será o papel da Petrobras.