Braskem (BRKM5) assina acordo e indenizará município de Maceió em R$ 1,7 bi

O acordo da Braskem determina a indenização, compensação e ressarcimento integral de Maceió

A empresa Braskem (BRKM5) chegou a um acordo nesta sexta-feira (21) com o município de Maceió para realizar um pagamento de R$ 1,7 bilhão. Parte desse valor, aproximadamente R$ 700 milhões, já havia sido reservado pela petroquímica em exercícios financeiros anteriores.

Nesse sentido, o acordo da Braskem determina a indenização, compensação e ressarcimento integral de Maceió em relação a todo e qualquer dano patrimonial e extrapatrimonial relacionado ao projeto de extração de sal que causou o colapso do solo em Maceió, obrigando cerca de 50 mil pessoas a deixar suas casas em 2018.

O acordo está sujeito à homologação judicial. A companhia ainda destacou que a celebração do acordo com o município representa mais um avanço importante em relação ao tema de Alagoas.

Vale destacar que de acordo com a notícia da Bloomberg nesta quinta-feira (20), as tratativas relacionadas à crise ambiental envolvendo a empresa no estado de Alagoas poderiam levar o Tribunal de Contas da União (TCU) a suspender temporariamente a venda da petroquímica.

TCU deve suspender venda por crise em Alagoas

O TCU (Tribunal de Contas da União) deve suspender temporariamente a venda da Braskem (BRKM5) por conta da crise ambiental envolvendo a empresa no estado de Alagoas, segundo publicou o Bloomberg nesta quinta-feira (20).

De acordo com a publicação, antes de ser vendida, a petroquímica terá que apurar os custos dos danos relacionados ao projeto de extração de sal que causou o colapso do solo em Maceió, obrigando cerca de 50.000 pessoas a deixar suas casas em 2018.

A decisão do TCU deve sair nas próximas semanas. Isso afeta a venda porque a Petrobras (PETR3; PETR4) é a segunda maior acionista da Braskem. A Petrobras tem o direito de preferência na compra da participação que o principal acionista da Braskem, a Novonor, deseja vender.

Antes que parte da Braskem seja vendida, os acionistas precisam calcular o custo dos danos e explicar como o problema será resolvido, disse a fonte. A preocupação do tribunal de contas é que, se tais custos não forem previamente estimados, a Petrobras pode acabar pagando a conta.

A Braskem e o TCU não responderam imediatamente a e-mails solicitando comentários.