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Braskem (BRKM5) busca até US$ 1 bi para pagamento de dívidas

A precificação da operação deve ocorrer entre quinta (7) e sexta-feira (8)

A Braskem (BRKM5) iniciou nesta quarta-feira (6) as apresentações a investidores para lançar sua segunda emissão de dívida externa (“bonds”) do ano. A precificação da operação deve ocorrer entre quinta (7) e sexta-feira (8).

A companhia busca até US$ 1 bilhão com a oferta de títulos com prazos de sete anos, segundo fontes ouvidas pelo jornal “Valor Econômico”. Os recursos serão usados para fins corporativos gerais, incluindo a antecipação de dívidas.

Em fevereiro, a demanda de investidores estrangeiros pelos títulos da petroquímica superou os US$ 6,1 bilhões. Na ocasião, a Braskem levantou US$ 1 bilhão com um bond de dez anos. A taxa foi reduzida dos 7,75% iniciais para 7,25%.

São coordenadores da oferta Citi, CrediAg, Itaú BBA, Morgan Stanley, Santander e SMBC Nikko.

A Braskem liderou os ganhos do Ibovespa nesta quarta, avançando 5,92%

Braskem: UBS BB rebaixa recomendação para venda

As ações da Braskem tiveram sua recomendação neutra rebaixada para venda pelo UBS BB. Além disso, o banco suíço cortou o preço-alvo da companhia petroquímica de R$ 26,00 para R$ 20,00.

“No início de 2023, acreditávamos que a indústria havia atingido o fundo do poço no quarto trimestre de 2022, enquanto a CMA [Associação dos Fabricantes de Produtos Químicos dos EUA] previa um aumento gradual e sequencial ao longo do ano, o que nos levou a ser um pouco mais construtivos no caso da Braskem”, pontuou o UBS BB.

“No entanto, desde o início de fevereiro, houve uma deterioração significativa na perspectiva do spread principal, com uma reviravolta inesperada para o segundo semestre de 2024”, continuou a instituição financeira.

Atualmente a previsão para os spreads da Braskem está de 20 a 30% abaixo das expectativas anteriores, com potencial para revisões em baixa dos lucros consensuais.

No polietileno de nafta, o banco suíço estima que os preços devem ficar entre US$ 250 e US$ 270 toneladas no próximo ano, 50 a 60% abaixo da média histórica.

Já no polietileno de etanol, os preços devem ficar de US$ 650 a US$ 700, 20% a 30% abaixo da média, e no propileno, a tonelada deve ficar em US$ 441, 30% abaixo da média.

Além disso, os analistas do banco UBS mencionaram que um possível acordo sobre a venda de fatia da Braskem pela Novonor está cada vez mais longe. Com isso, o mau momento de mercado vem jogando as ações para baixo.