Mercado

Braskem (BRKM5) diz que ainda não sofreu bloqueio bilionário

A Braskem confirmou por meio de comunicado à CVM que tem conhecimento do pedido de bloqueio

A Braskem (BRKM5) confirmou por meio de comunicado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) que tem conhecimento do pedido de bloqueio cautelar que tem valor aproximado de R$ 1 bilhão. Apesar disso, segundo a empresa, até agora não houve qualquer bloqueio.

Caso concretizado, o bloqueio afetaria as contas bancárias no contexto da ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal, Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) e Defensoria Pública da União contra a companhia e o município de Maceió.

A ação contra a Braskem foi incentivada pelo descumprimento da decisão liminar relacionada ao desastre ambiental em curso no Estado de Alagoas.

A solicitação sucedeu a audiência de conciliação da Justiça Federal em Alagoas na última terça-feira (12), na qual não foi possível chegar a um acordo entre as partes. De acordo com o MPAL, a Braskem não apresentou proposta de avanço nas tratativas.

Braskem (BRKM5): Fitch rebaixa rating para grau especulativo

Braskem (BRKM5) teve seus ratings rebaixados pela agência de classificação de risco Fitch na quinta-feira (14). Com isso, as IDRs (Issuer Default Ratings – Ratings de Inadimplência do Emissor) da petroquímica caíram de ‘BBB+’ para ‘BB-‘, o que configura grau especulativo. Com isso, a agência entende que há um maior risco de que a empresa não consiga arcar com seus compromissos.

Além da holding, foram rebaixadas as notas das subsidiárias da companhia nos EUA (de ‘BBB-‘ para BB+’) e na Holanda (de ‘BB’ para ‘BB-‘). Um fator determinante para os cortes foi o pedido conjunto do Ministério Público Federal, da Defensoria Pública da União (DPU) e do Ministério Público do Estado de Alagoas de um bloqueio de R$ 1 bilhão das contas da empresa para cumprimento de decisão liminar.

“Os ratings negativos refletem o aumento dos riscos ambientais e as novas reclamações de R$ 1 bilhão (US$ 200 milhões) associadas ao possível colapso de uma mina de sal no contexto do evento geológico em Alagoas, o que poderia piorar o perfil do fluxo de caixa da empresa”, explicou a Fitch em documento.

“A Fitch espera que o FCF (fluxo de caixa para financiamento) fique negativo por um período mais longo do que o esperado, enquanto a empresa permanece exposta a uma desaceleração prolongada no setor petroquímico, o que resultou em um aumento significativo da dívida líquida”, acrescentou.

A Fitch espera que a alavancagem líquida, excluindo a Braskem Idesa, será de cerca de 10,0 vezes em 2023, caindo para 5,5 vezes em 2025 – anteriormente, a previsão era de 3,5 vezes nesse quesito.