Após desistência da Adnoc

Braskem (BRKM5) diz que há interessada em fatia da petroquímica

Empresa afirmou ainda que o complexo petroquímico no Rio Grande do Sul não tem data de retorno de operação

Braskem
Braskem / Foto: Divulgação

Após a desistência da Adnoc dos Emirados Árabes em adquirir a participação da Novonor na Braskem (BRKM5), a petroquímica afirmou que outra empresa está interessada no negócio.

De acordo com relatos anteriores, a empresa interessada seria a Petrochemical Industries Company (PIC), do Kuwait.

No entanto, a companhia não confirmou oficialmente o nome durante a apresentação dos resultados do primeiro trimestre de 2024 à imprensa nesta quinta-feira (9).

A Braskem informou apenas que está em andamento uma due diligence. Esse procedimento ocorre durante uma negociação em curso, onde a empresa interessada em fazer negócios com outra empresa coleta uma ampla gama de informações.

“A gente tem notícia do encerramento do processo de potenciais compradores. A gente tem pelo menos um outro interessado seguindo o processo de due diligence. O negócio continua sendo avaliado”, disse Pedro Freitas, CFO da Braskem.

“Infelizmente todo esse tema é coberto com acordos de sigilo. É um processo conduzido pela Novonor, nosso acionista controlador”, complementou.

Braskem: Processo de negociação

O executivo confirmou que a empresa recebeu um pedido para conduzir uma due diligence interna. “Não sei quanto tempo dura. A empresa que está fazendo essa avaliação é que tem que ter seu nível de conforto. Não tem um prazo estabelecido para isso”, afirmou.

O executivo disse ainda que a due diligence da Petrobras (PETR3; PETR4) terminou ano passado, “mas que tem ainda alguns complementos que eles pedem de tempos em tempos, para eventual exercício do tag along ou direito de preferência”.

Em relação à interrupção das operações de suas unidades no Polo Petroquímico de Triunfo, no Rio Grande do Sul, devido à tragédia climática, a Braskem informou que não dispõe de uma estimativa do impacto nem tem previsão para retomada das atividades.

“É um trabalho complexo. Como a Braskem tem plantas em vários estados do Brasil, a gente consegue compensar parcialmente a perda de produção”, afirmou Pedro Freitas.

“Isso não é possível para todo volume. Tem alguns produtos que a gente só faz no Sul (do país). Mas a grande maioria deles a gente consegue fazer essa otimização”, complementou.