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Braskem (BRKM5): Fitch rebaixa rating para grau especulativo

As IDRs da Braskem caíram de ‘BBB+’ para ‘BB-‘

A Braskem (BRKM5) teve seus ratings rebaixados pela agência de classificação de risco Fitch nesta quinta-feira (14). Com isso, as IDRs (Issuer Default Ratings – Ratings de Inadimplência do Emissor) da petroquímica caíram de ‘BBB+’ para ‘BB-‘, o que configura grau especulativo. Com isso, a agência entende que há um maior risco de que a empresa não consiga arcar com seus compromissos.

Além da holding, foram rebaixadas as notas das subsidiárias da companhia nos EUA (de ‘BBB-‘ para BB+’) e na Holanda (de ‘BB’ para ‘BB-‘). Um fator determinante para os cortes foi o pedido conjunto do Ministério Público Federal, da Defensoria Pública da União (DPU) e do Ministério Público do Estado de Alagoas de um bloqueio de R$ 1 bilhão das contas da empresa para cumprimento de decisão liminar.

“Os ratings negativos refletem o aumento dos riscos ambientais e as novas reclamações de R$ 1 bilhão (US$ 200 milhões) associadas ao possível colapso de uma mina de sal no contexto do evento geológico em Alagoas, o que poderia piorar o perfil do fluxo de caixa da empresa”, explicou a Fitch em documento.

“A Fitch espera que o FCF (fluxo de caixa para financiamento) fique negativo por um período mais longo do que o esperado, enquanto a empresa permanece exposta a uma desaceleração prolongada no setor petroquímico, o que resultou em um aumento significativo da dívida líquida”, acrescentou.

A Fitch espera que a alavancagem líquida, excluindo a Braskem Idesa, será de cerca de 10,0 vezes em 2023, caindo para 5,5 vezes em 2025 – anteriormente, a previsão era de 3,5 vezes nesse quesito.

Braskem (BRKM5) pode ter bloqueio de R$ 1 bi por desastre em Maceió

Braskem (BRKM5) pode ter R$ 1 bilhão bloqueados como forma de garantir a inclusão de novos imóveis no Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação da empresa – projeto para famílias que moravam em bairros afetados pela instabilidade do solo e risco de desabamento em razão da extração de sal-gema pela petroquímica, em Maceió (AL).

O pedido de bloqueio do valor foi enviado à Justiça na quarta-feira (13) através do Ministério Público Federal, Defensoria Pública da União e do Ministério Público do Estado de Alagoas. As informações são do Estadão / Broadcast.

A medida foi tomada um dia depois de uma audiência de conciliação entre os órgãos e a Braskem acabar sem a realização de um acordo. Segundo o MPF, a petroquímica deixou de apresentar um cronograma para implementação imediata das medidas determinadas pela Justiça. A reportagem tentou contato, mas a Braskem não respondeu.

A Procuradoria ainda pede que, em caso de “persistência no descumprimento” da ordem judicial, a Justiça reconheça litigância de má-fé e ato atentatório à justiça por parte da Braskem. Além disso, foi requerida aplicação de multa diária ao presidente da Braskem, no valor de R$ 50 mil por dia, em caso de persistência da não obediência da decisão judicial.

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