Braskem (BRKM5) tem prejuízo de R$ 771 milhões no 2T23

Ebitda teve queda de 82% ante o segundo trimestre de 2022, totalizando R$ 703 milhões

A Braskem (BRKM5) reportou um prejuízo líquido de R$ 771 milhões no 2º trimestre de 2023. Apesar das perdas, segundo o balanço divulgado nesta terça-feira (08), houve uma queda de 45% em relação ao prejuízo registrado no mesmo período de 2022. 

A receita líquida de vendas recuou 9% em relação ao mesmo período do ano passado, somando R$ 17,756 bilhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 703 milhões no período, queda de 82% ante o segundo trimestre de 2022. Na comparação, foi registrada queda de 34%. 

“Ao longo do 2º trimestre, o cenário de demanda global seguiu impactado em função, principalmente, (i) do menor nível de consumo global como resultado das elevadas taxas de juros e da pressão inflacionária persistente; (ii) do efeito da desestocagem da cadeia de transformação; e (iii) da recuperação da atividade industrial da China abaixo das expectativas do mercado”, declarou a empresa.

“Além da menor demanda observada no período, a entrada em operação de novas capacidades continuou impactando os spreads químicos e petroquímicos no mercado internacional”, destaca o relatório.

Braskem (BRKM5): executivos das Petrobras (PETR4) sugerem interesse na petroquímica 

Após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2023 da Petrobras (PETR3; PETR4), executivos da estatal afirmaram durante a teleconferência com analistas, que a possibilidade de adquirir uma fatia adicional da Braskem (BRKM5) não está descartada.

“A Petrobras tem uma aderência estratégica que pode a fazer focar em petroquímicas. É um negócio atraente e alinhado à nossa estratégia de longo prazo”, afirmou o diretor financeiro (CFO) Sergio Caetano Leite, destacando que as margens da gasolina, por conta de toda a questão da transição energética, tendem a cair.

“Estamos vendo a questão da petroquímica, da Braskem, de forma estratégica para nós. Várias companhias integradas têm um braço integrado da petroquímica, isso traz valor e uma segurança ao longo prazo”, mencionou. E ainda explicou que a estatal avalia a questão no desenvolvimento do seu novo Plano Estratégico para o período de 2024 a 2028.