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Braskem (BRKM5) tem agenda sustentável na COP28 em meio à colapso em Maceió

Empresa participará de dois painéis no Pavilhão do Brasil no evento onde falará sobre carbono neutro e impactos da mudança do clima

A Braskem (BRKM5), responsável pela gestão da mina 18 em Maceió, que enfrenta a ameaça de colapso iminente, está envolvida em dois painéis durante a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28) em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Na conferência, representantes da Braskem irão falar sobre “O papel da indústria na economia circular de carbono neutro” e sobre os “Impactos da mudança do clima e a necessidade de adaptação da indústria”. Os painéis estão previstos para ocorrer na sexta-feira (8) e na segunda-feira (11). A COP28 tem como intuito debater as mudanças climáticas e como evitá-las. 

O Brasil marca presença na COP28 com a maior delegação entre os países participantes, totalizando 1.337 inscritos. A delegação oficial do governo conta com aproximadamente 400 pessoas. 

O Pavilhão do Brasil apresentará uma programação abrangente, composta por 129 painéis e eventos ao longo da conferência, que se estende até 12 de dezembro. Segundo informações do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), foram recebidas 699 propostas de painéis, sendo que a seleção considerou critérios como a diversidade de debatedores e relevância temática, entre outros. O processo de escolha foi conduzido por um comitê técnico, composto por representantes indicados pelos organizadores.

A Braskem disse ao Correio Braziliense que está acompanhando atentamente as discussões sobre mudanças climáticas. A empresa ressaltou seu compromisso com metas de redução de emissões de gases de efeito estufa e o impulso em direção a produtos mais sustentáveis, incluindo bioprodutos e itens com conteúdo reciclado. Vale destacar que a Braskem está no epicentro do desastre iminente em Maceió, relacionado à possível colapsa da mina de sua responsabilidade.

A empresa detém um total de 35 minas na região, originalmente utilizadas para a extração de sal-gema, fundamental na produção de sódio para a soda cáustica e cloro para a fabricação de PVC. O processo de extração foi conduzido por décadas na área, mas em 2019, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) identificou afundamentos no solo, resultando no fechamento das minas. Desde então, mais de 60 mil pessoas em cinco bairros tiveram que ser realocadas.

Alertas da Defesa Civil

A Defesa Civil de Alagoas alertou, na última semana, que uma dessas minas, a 18, corre risco iminente de colapsar. Caso isso ocorra, poderá abrir uma cratera do tamanho do Estádio do Maracanã. 

Segundo a Defesa Civil, o ritmo de afundamento do solo diminuiu, mas o colapso pode ocorrer a qualquer momento. De acordo com comunicado deste sábado (2/12) da Braskem, a área em risco foi 100% desocupada. A empresa afirmou que parou a extração de sal-gema na região em maio de 2019 e que desde então está adotando as medidas para o fechamento definitivo dos poços de sal. “Esse plano registra 70% de avanço nas ações, e a conclusão dos trabalhos está prevista para meados de 2025”, diz o texto.

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