Braskem (BRKM5): UBS rebaixa ação

O banco UBS cortou o preço-alvo da Braskem para R$ 30

As ações Braskem (BRKM5) tiveram recomendação de compra cortada para neutra pelo banco UBS BB. Além disso, a instituição financeira cortou o preço-alvo de R$ 50 para R$ 30.

O principal motivo é a falta de catalisadores futuros. Embora espere uma normalização dos spreads, o banco esperava que o movimento acontecesse ao longo de 2023, e não em duas semanas no segundo semestre de 2022.

“Pensamos que os spreads iam encolher em 2023, período em que esperávamos novas instalações para produzir e aumentar a oferta geral. No entanto, um ambiente desafiador no segundo semestre de 2022 antecipou tal movimento, levando a um declínio acentuado de spread”, escreveram Tasso Vasconcellos, Luiz Carvalho e Matheus Enfeldt, em relatório publicado na última quarta-feira (14).

Nesta quinta-feira, por volta das 17:50 (de Brasília), as ações da Braskem desvalorizavam 4,25%, cotadas a R$ 24,13. 

Braskem (BRKM5) espera impacto negativo milionário sem Reiq

Antes da companhia ter a recomendação rebaixada, Roberto Simões, presidente da Braskem (BRKM5), afirmou na última segunda-feira (12), durante evento que o fim do Regime Especial da Indústria Química (Reiq), que a redução da alíquota de importação de determinados produtos químicos e a queda de tarifas antidumping promovidos pelo governo federal terão impacto negativo de US$ 300 milhões no resultado final da petroquímica. 

“O Reiq, que não vemos como um incentivo, foi uma derrota para nós. O governo federal tinha um compromisso com a indústria de, paralelamente, reduzir parte dos incentivos e o custo Brasil. Esse custo não caiu e essas medidas acabaram tirando a competitividade de grandes players no país”, afirmou o executivo ao participar de painel de CEOs durante o 27º Encontro Anual da Indústria Química (Enaiq).

Simões também comentou que a Braskem deve alcançar 55 mil toneladas de produtos reciclados dentro de seu portfólio, no caminho para chegar às 300 mil toneladas em 2025. Segundo ele, grande parte desse volume virá de empresas em que a petroquímica é sócia ou controladora, dentro e fora do país.

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