Os analistas do UBS BB atualizaram sua recomendação para as ações da Braskem (BRKM5), passando de “neutra” para “compra”. Além disso, ajustaram o preço-alvo dos papéis de R$ 22 para R$ 28, conforme relatório enviado aos clientes no final da terça-feira (17).
Entre os argumentos apresentados, Luiz Carvalho e sua equipe destacam o “downside” limitado, uma vez que as ações da Braskem estão sendo negociadas próximas às suas mínimas históricas. Eles também mencionam que a indústria ainda enfrenta um ciclo de baixa nos spreads petroquímicos.
Além disso, eles destacaram que os riscos estão inclinados para o lado positivo em relação aos spreads, devido à recente queda no preço do petróleo Brent e às expectativas de que este se mantenha em níveis mais baixos por um período prolongado.
Os analistas reconheceram os riscos associados ao momento atual, mas enfatizaram que, após mais de dois anos em um ciclo de baixa, uma recuperação no meio desse ciclo é considerada provável, o que reforça a recomendação de compra das ações.
Na véspera, as ações da Braskem encerraram o dia cotadas a R$ 18,89 na bolsa paulista, acumulando uma queda de aproximadamente 14% em 2024, embora tenham registrado uma alta de 4,71% apenas em setembro.
Visão mais positiva sobre Braskem
Analistas têm adotado uma perspectiva mais otimista em relação à companhia. Nesta semana, o JPMorgan destacou que colocou as ações da Braskem em “catalyst watch” (monitoramento de eventos ou notícias que podem influenciar significativamente o preço das ações) com viés positivo.
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No entanto, a recomendação para os papéis permanece como “neutra”, com um preço-alvo de R$ 24 para o final de 2025.
“Apesar de desafios ainda presentes na dinâmica de mercado, com o ciclo de baixa (de spreads petroquímicos) durando mais do que o previsto, a tendência está melhorando sequencialmente e há gatilhos que podem dar suporte a um desempenho acima da média no segundo semestre do ano”, afirmaram Milene Clifford Carvalho e equipe.
Os analistas mencionaram que a empresa e a associação do setor estão em negociação com o governo para aumentar as tarifas de importação de 12,6% para 20%, com uma decisão possível já na reunião desta quarta-feira.
O Bradesco BBI, por sua vez, espera que esse aumento possa impactar o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) da Braskem em até US$ 400 milhões, dependendo de como a empresa optar por lidar com as tarifas—se repassando-as para os preços locais ou utilizando-as para ganhar participação de mercado.
Os analistas do JPMorgan também antecipam uma forte recuperação sazonal no terceiro trimestre de 2024.
Nas últimas semanas, o Bradesco BBI e o Citi aumentaram suas recomendações para as ações, passando a recomendação para “compra” ou equivalente.
