Mercado

Braskem (BRKM5): UBS BB rebaixa recomendação para venda

O banco UBS BB cortou o preço-alvo da Braskem para R$ 20,00

As ações da Braskem (BRKM5) tiveram sua recomendação neutra rebaixada para venda pelo UBS BB. Além disso, o banco suíço cortou o preço-alvo da companhia petroquímica de R$ 26,00 para R$ 20,00.

“No início de 2023, acreditávamos que a indústria havia atingido o fundo do poço no quarto trimestre de 2022, enquanto a CMA [Associação dos Fabricantes de Produtos Químicos dos EUA] previa um aumento gradual e sequencial ao longo do ano, o que nos levou a ser um pouco mais construtivos no caso da Braskem”, pontuou o UBS BB.

“No entanto, desde o início de fevereiro, houve uma deterioração significativa na perspectiva do spread principal, com uma reviravolta inesperada para o segundo semestre de 2024”, continuou a instituição financeira.

Atualmente a previsão para os spreads da Braskem está de 20 a 30% abaixo das expectativas anteriores, com potencial para revisões em baixa dos lucros consensuais.

No polietileno de nafta, o banco suíço estima que os preços devem ficar entre US$ 250 e US$ 270 toneladas no próximo ano, 50 a 60% abaixo da média histórica.

Já no polietileno de etanol, os preços devem ficar de US$ 650 a US$ 700, 20% a 30% abaixo da média, e no propileno, a tonelada deve ficar em US$ 441, 30% abaixo da média.

Além disso, os analistas do banco UBS mencionaram que um possível acordo sobre a venda de fatia da Braskem pela Novonor está cada vez mais longe. Com isso, o mau momento de mercado vem jogando as ações para baixo.

Braskem (BRKM5): Fitch rebaixa perspectiva do rating para negativa

Na semana passada, a agência de classificação de risco Fitch alterou a nota do rating de longo prazo em moeda estrangeira da Braskem (BRKM5) de estável para negativa (BBB-), enquanto a perspectiva do rating nacional permaneceu estável com boa avaliação (AAA).

Entre os fatores que fizeram a agência rebaixar a classificação da Braskem esteve o desastre ambiental que fez afundar o solo em vários bairros de Maceió (AL).

Com isso, a petrolífera e a prefeitura da capital alagoana entraram em acordo e a empresa terá que ressarcir a cidade em R$ 1,7 bilhão.

“A Perspectiva Negativa incorpora a elevada vulnerabilidade da Braskem SA à recessão prolongada no setor petroquímico, o que poderia resultar em um aumento material na dívida líquida devido ao FCF negativo após desembolsos relacionados ao evento geológico em Alagoas”, disse a Fitch.

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