A Braskem (BRKM5) aprovisionou mais R$ 5,7 bilhões para o plano de compensação de moradores de Maceió (AL) atingidos pelo desastre ambiental que causou afundamento de solo e obrigou a interdição de uma série de bairros da capital alagoana.
De acordo com o diretor financeiro da companhia, Pedro Freitas, a estimativa é de que o plano seja concluído no começo de 2024. “No início do ano que vem, devemos concluir o PCF definitivamente”, afirmou o executivo sobre o plano durante apresentação a analistas e investidores, durante o Braskem Day, realizado nesta terça-feira (28).
O total provisionado pela companhia para os eventos relacionados ao afundamento do solo de Maceió é de R$ 14,4 bilhões, incluindo além do PCF ações como o fechamento de poços de mineração de sal e sócio-urbanísticas. Do total reservado no orçamento da companhia, R$ 9,2 bilhões já foram desembolsados, afirmou o executivo.
Até setembro de 2024, a Braskem tem provisionado R$ 3,2 bilhões, restando R$ 2,4 bilhões para após o terceiro trimestre do ano que vem, período em que a empresa prevê concluir o fechamento dos poços e os projetos de mobilidade urbana na cidade.
Braskem tem prejuízo 119,2% maior no 3T23, para R$ 2,418 bi
A Braskem comunicou ao mercado, no dia 8 de novembro, os resultados reportados no terceiro trimestre de 2023 (3T23). A companhia apresentou um prejuízo de R$ 2,418 bilhões, 119,2% maior ante as perdas de R$ 1,103 bilhão no mesmo período de 2022 (3T22).
Nos últimos três meses do ano, a Braskem registrou um desempenho notavelmente superior em comparação com o trimestre anterior, com um prejuízo de R$ 771 milhões, de acordo com o balanço trimestral.
Segundo informações da Braskem, a queda no lucro líquido foi principalmente atribuída ao impacto da variação cambial no resultado financeiro. Isso ocorreu devido à depreciação de 4% do real em relação ao dólar, resultando em um impacto significativo na exposição líquida da empresa, estimada em US$ 4,0 bilhões.