Análise

Brava Energia (BRAV3): ações derretem após revisão do Citi

O Citi reduziu o preço-alvo da Brava Energia, mas seguiu com a recomendação de compa; isto foi o suficiente para derrubar a ação no pregão

Foto: Petróleo/Freepik
Foto: Petróleo/Freepik

Na sessão desta quarta-feira (02), as ações ON da petrolífera Brava Energia (BRAV3), companhia resultante da fusão entre a Enauta e 3R Petroleum, operam em forte queda, na contramão da forte valorização das concorrentes e dos preços internacionais do petróleo.

Por volta de 16h, o papel da Brava Energia enfrentava um recuo de 3,56%, negociado a R$ 17,41. Por outro lado, a Petroreconcavo (RECV3) subia 1,58%, e a Prio (PRIO3) avançava 0,16%. As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) também têm altas de 0,87% e 1,16%.

O relatório de avaliação do Citi mostrou uma redução no preço-alvo para as ações da companhia, de R$ 50 para R$ 40, porém a recomendação de compra seguiu igual.

O modelo de avaliação do banco foi atualizado, segundo o Citi, para refletir a nova estrutura da companhia, incorporando os ativos da Enauta, e a maior participação na 3R Offshore.

A equipe afirmou que continua com a visão de que a empresa combinada está melhor posicionada na área de óleo e gás do que as empresas separadas.

Isto ocorre, sobretudo, devido ao endividamento adequado para suportar a história de crescimento, um maior ganho em escala operacional e potenciais sinergias, especialmente em questões fiscais e na realocação de dívida, de acordo com o “Valor”.

Para o Citi, o quarto trimestre será um dos períodos mais importantes para a Brava Energia, por conta do início da produção do navio-plataforma (FPSO) Atlanta. Bem como o início da campanha de perfuração no poço Papa Terra, e início da operação dos geradores de vapor no Cluster Potiguar.

“Este é um trimestre importante para os investidores aumentarem seu nível de confiança na execução da empresa. No entanto, a mobilização na ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e a greve do Ibama atrasaram a operação de Atlanta e a retomada da produção de Papa Terra, que deve começar em novembro e dezembro de 2024, respectivamente”, escreveram os analistas.

Brava Energia (BRAV3) firma parceria no campo de Atlanta e Oliva

A Brava Energia (BRAV3), resultante da fusão entre 3R e Enauta, anunciou a finalização da transação que permite a entrada de afiliadas do Westlawn Group LLC, que agora detém uma participação de 20% na Concessão BS-4.

Essa concessão abrange os campos de Atlanta e Oliva, após o cumprimento de todas as condições prévias e a aprovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A transação foi finalizada com um pagamento total de US$ 234 milhões à empresa, que leva em conta os ajustes estipulados no contrato, além da parcela de US$ 75 milhões que a Brava Energia recebeu após a assinatura do acordo em março de 2024. A Brava Energia ressaltou sua convicção de que parcerias estratégicas são essenciais para gerar valor e compartilhar riscos no desenvolvimento de grandes projetos offshore.

Além disso, a Brava Energia planeja utilizar essa nova participação para impulsionar suas operações, aumentando a eficiência e promovendo inovações tecnológicas nos campos de Atlanta e Oliva.

A empresa acredita que essa colaboração com o Westlawn Group não só ampliará suas capacidades operacionais, mas também contribuirá para a sustentabilidade e o crescimento a longo prazo no setor de energia.