Enquanto a maioria das companhias brasileiras de petróleo operam em baixa na sessão desta terça-feira (19), as ações da Brava Energia (BRAV3) estão em alta, subindo 0,50%, a R$ 18,6, por volta das 15h09 (horário de Brasília).
O ritmo foi ditado pelos dados de produção divulgados pela Brava, que mesmo com recuo animou os investidores e analistas. Em outubro, a produção diária da empresa foi de 45 mil barris, queda de 11,4% na comparação com setembro e de 12,8% ante a média do terceiro trimestre.
Para o Itaú BBA, os números operacionais da companhia positivos apontaram para um aumento significativo na produção do campo Potiguar. Se esse cenário for mantido, deve reduzir a percepção de risco associada ao aumento da produção no complexo.
A queda na comparação mensal da produção já era esperada, segundo o banco, por conta do processo de desconexão de poços do Petrojarl I no campo de Atlanta para conectar ao navio-plataforma (FPSO) Atlanta.
O Itaú BBA segue com recomendação de compra para os papéis da Brava Energia, com preço-alvo de R$ 47.
Brava Energia (BRAV3) reverte prejuízo e lucra R$ 498 mi no 3TRI24
A Brava Energia (BRAV3), resultado da incorporação da Enauta pela 3R Petroleum, registrou lucro líquido de R$ 498,3 milhões no terceiro trimestre de 2024, revertendo prejuízo de R$ 349,9 milhões no mesmo período de 2023.
O Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado proforma foi de R$ 727,4 milhões no 3TRI24, alta de 7,7% quando comparado ao 3TRI23. Já a margem Ebitda ajustado proforma atingiu 33,2%, alta de 5,7 p.p. no 3TRI24.
A receita líquida caiu 10,7% entre os dois períodos, de R$ 2,456 bilhões para R$ 2,193 bilhões.
A Brava Energia registrou custo de extração (lifting cost) médio ponderado de US$ 20,0 por barril de óleo equivalente (boe) no 3TRI24, uma redução de 14,7% na base anual, considerando as operações onshore nos Complexos Potiguar4 e Recôncavo, e os ativos offshore, Polos Papa-Terra, Atlanta, Peroá, Manati e Pescada. No segmento onshore, o custo de extração registrou US$ 20,4/boe.
O custo dos produtos vendidos (CPV) somou R$ 1,715,7 bilhão no 3TRI24, queda anual de 9%. O resultado financeiro líquido do 3TRI24 foi negativo em R$ 236,4 milhões, comparado a um resultado negativo de R$ 757,7 milhões no 3TRI23.
A petroleira encerrou o trimestre com dívida líquida consolidada de R$ 9,058,2 bilhões e alavancagem (dívida financeira líquida consolidada dividida pelo Ebitda ajustado) de 2,7 vezes.