Plano Empresário

BRB passa de R$ 10 bi em crédito imobiliário e reforça oferta

BRB planeja reforçar sua oferta com quatro novas opções de financiamento

Banco de Brasília (BRB)
Banco de Brasília (BRB) / Agência Brasília

O Banco de Brasília (BRB) alcançou recentemente a marca de R$ 10 bilhões em sua carteira de crédito imobiliário, representando um aumento de 9,3% em comparação com o final do ano passado.

Classificado como o sexto maior banco do país nessa modalidade, ficando atrás apenas das cinco maiores instituições financeiras do Brasil, o BRB planeja reforçar sua oferta com quatro novas opções de financiamento.

O BRB está introduzindo três novas opções no Plano Empresário, que oferece financiamento às incorporadoras para construção de novos empreendimentos.

Dentro do Plano Empresário, o banco agora viabilizará o financiamento de despesas com infraestrutura, incluindo aquelas exigidas das incorporadoras pelo poder público como contrapartida ao impacto dos empreendimentos. Além disso, o BRB lançará o Plano Empresário Horizontal, que oferece financiamento para a construção de condomínios de casas ou loteamentos.

No mesmo segmento, o banco introduziu o Casa Pronta, um financiamento que permite ao mutuário final a compra do terreno e a construção do imóvel.

Essa modalidade, já oferecida por outros bancos, ganha destaque no Distrito Federal, onde o BRB tem sua sede e liderança no financiamento imobiliário, especialmente devido à expansão predominantemente horizontal em novas regiões.

“Passamos a ter um portfólio de todos os produtos de financiamento, seja pessoa física, seja pessoa jurídica, seja residencial, seja comercial”, afirmou ao Broadcast o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa. O foco agora é simplificar os processos para dar mais clareza ao cliente sobre o andamento da contratação, que na média, leva 15 dias.

Plano Empresário do BRB 

O Plano Empresário estabelece canais adicionais para que o banco atraia mutuários finais que necessitam de financiamento para adquirir imóveis. Em média, esses mutuários levam 12 anos para liquidar os financiamentos e, ao longo desse período, tendem a centralizar no banco seus produtos e serviços financeiros.

“Esse cliente, em média, consome outros seis produtos no banco”, afirmou Costa. O BRB atende a clientes de crédito imobiliário da média renda para cima, o que significa oportunidades em cartões de crédito, investimentos e outros produtos.

“No passado, o cliente se sentia incomodado com o pacote de relacionamento necessário para ter acesso a uma condição diferenciada. Quando começamos a entregar produtos de melhor qualidade, o próprio cliente começou a nos cobrar o acesso”.

Taxas e expectativas

Em 2023, o BRB foi pioneiro entre os bancos ao anunciar um corte nas taxas de juros do crédito imobiliário.

Atualmente, para o mutuário final, as taxas de juros começam em 8,99% ao ano mais TR. Nas linhas que utilizam recursos da poupança, essa é a menor taxa entre os bancos, até mesmo abaixo das praticadas pela Caixa Econômica Federal, que consegue oferecer taxas menores devido ao saldo das cadernetas.

Apesar do aumento nas expectativas para a taxa Selic e os juros futuros, o BRB optou por manter suas taxas inalteradas. O banco se sustenta por meio de uma estrutura de financiamento que combina recursos da poupança, instrumentos de mercado como as letras de crédito imobiliário (LCIs) e depósitos judiciais, obtidos através de acordos com tribunais estaduais, como resultado da sua expansão para outros Estados.

De acordo com Costa, o BRB tem como meta conceder R$ 4,5 bilhões em crédito imobiliário este ano, representando um aumento de cerca de R$ 300 milhões em relação ao ano passado.

Esses números não levam em consideração a possível entrada de recursos provenientes do aumento de capital privado anunciado pelo banco, que pode chegar a R$ 1 bilhão. Atualmente, a operação está em andamento.

Além de buscar recursos para sustentar o crescimento, o banco está reestruturando sua atuação em negócios complementares ao bancário, como os de seguros. O próximo passo é entrar no mercado de pagamentos, abrangendo desde maquininhas até a emissão de cartões.

Assim como em outros segmentos, o BRB planeja buscar parceiros, embora ainda não tenha decidido se tentará um único sócio para todos os produtos ou vários.

“Estamos organizando bloco a bloco. Organizamos investimentos, seguridade, vamos organizar a financeira, e na sequência, vamos organizar os meios de pagamento”, disse o presidente do banco.