O ano iniciou com cortes na equipe da Brex, startup de gestão de despesas, fundada por Pedro Franceschi e Henrique Dubugras. Contudo, no momento os bilionários brasileiros projetam uma oferta pública inicial (IPO) da empresa.
Franceschi disse ao site norte-americano, The Information, que “Assim que o fluxo de caixa for positivo, um IPO ocorrerá”. Visando o alcance de um fluxo de caixa positivo, o executivo estima um prazo de “talvez um pouco menos de dois anos neste momento” para oficializar a oferta.
De acordo com o Valor Investe, a Brex chegou a demitir cerca de 282 pessoas, correspondente a 20% de sua força de trabalho, em janeiro deste ano. Anteriormente, em outubro de 2022, já havia ocorrido um corte no quadro de colaboradores, cerca de 115 da força de trabalho.
Planos da Brex
Conforme informações do jornal, apesar das demissões terem cortado custos, Franceschi e Dubugras pretendem avançar com um plano que reinicie o crescimento, estagnado desde o segundo semestre do ano passado.
A empresa foi avaliada em US$ 12,3 bilhões por investidores há 2 anos. Atualmente os serviços atendem outras empresas sediadas nos EUA. Sua receita líquida anual foi de US$ 279 milhões no quarto trimestre de 2023 (4T23).
Segundo os fundadores da Brex, a startup tem uma reserva de cerca de US$ 600 milhões no banco que deve ajudá-los a chegar ao fluxo positivo de caixa. Com isso, eles esperam proteger-se do cenário negativo que atingiu algumas fintechs.
O impulso da startup aconteceu, no curto prazo, em decorrência do colapso da Silicon Valley Bank em 2023. Porém, desde então o crescimento da Brex teve ritmos mais lentos, segundo o veículo, em grande parte isso é consequência das alta das taxas de juros no país norte-americano, além da desaceleração do financiamento de capital de risco.