A BRF (BRFS3) teve sua recomendação de venda elevada para neutra pelo Bank of America. A casa ainda elevou o preço-alvo da companhia de R$ 6,30 para R$ 8,50.
A avaliação surge após a BRF ter informado na última quarta-feira (31) que a Marfrig (MRFG3) e a companhia saudita de investimentos SALIC se comprometeram a realizar um aporte de R$ 4,5 bilhões na companhia.
“A operação reduziria as despesas financeiras em cerca de R$ 600 milhões e a relação entre dívida líquida e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) em 0,9 vez”, afirmaram os analistas do banco norte-americano.
A Marfrig, que detém 33,3% da BRF, deve subscrever até 250 milhões de novas ações do total de 500 milhões de ações oferecidas, com as outras 250 milhões ficando para a SALIC.
Segundo o acordo, os acionistas da BRF devem remover a pílula de veneno que exige que qualquer acionista que alcance uma participação de 33,33% deva fazer uma oferta pelas demais ações pagando um prêmio de 40%.
“Isso é relevante, uma vez que a Marfrig poderia alcançar uma participação de 38,6% após a oferta. A remoção deve ser aprovada em uma assembleia de acionistas, com quórum de dois terços e 50% mais um voto favorável”, acrescentaram os analistas da casa.
Além disso, o BofA também avalia que uma redução da alavancagem deve se dar de maneira natural, com a BRF reportando resultados trimestrais melhores.
Marfrig (MRFG3) fará aumento de capital de pelo menos R$ 1,5 bi
A Marfrig (MRFG3) anunciou na última quarta-feira (31) que fará um aumento de capital avaliado em pelo menos R$ 1,5 bilhão. Segundo a companhia, a operação envolve a emissão de entre 240 milhões e 360 milhões de ações ao preço de R$ 6,25 reais.
A Marfrig argumentou que o aumento de capital “tem como objetivo “melhorar a estrutura de capital” em linha com compromisso de redução de alavancagem”.
Além disso, a Marfrig também revelou que irá participar de uma eventual operação de capitalização da BRF (BRFS3).