Mercado

BRF (BRFS3) desiste de vender divisão de alimentos para animais

Em comunicado, a companhia reiterou seu compromisso de impulsionar o crescimento no segmento de "pet food"

A BRF (BRFS3) comunicou ao mercado na manhã desta segunda-feira (13), a decisão de manter sua divisão de alimentos para animais de estimação, tendo encerrado o processo competitivo de venda que havia sido anunciado em fevereiro.

Por meio de comunicado, a BRF reiterou seu compromisso de impulsionar o crescimento no segmento de “pet food”. A iniciativa envolverá o aumento da distribuição nos canais especializados, o fortalecimento da estratégia de marcas direcionadas por segmento e canais, a consolidação das conquistas provenientes de interações anteriores e avanços na expansão das exportações.

A empresa destaca sua posição como a terceira maior no mercado de “pet food” no Brasil, consolidando ainda sua liderança no segmento de rações “super premium natural”.

BRF (BRFS3): Goldman Sachs corta recomendação de venda

As ações da BRF (BRFS3) tiveram sua recomendação de venda elevada para neutra pela Goldman Sachs. Além disso, o banco norte-americano estipulou um preço-alvo de R$ 7,70 para os ativos da companhia. A mudança foi promovida após os papéis do frigorífico fecharem com alta de 12,9% na sessão da última segunda-feira (6).

Em relatório, o banco escreveu que os papéis da BRF foram impulsionados principalmente pelas expectativas do mercado de uma possível inclusão do ativo no rebalanceamento da MSCI Brasil.

A nova carteira do índice MSCI irá entrar em vigor em 1º  de dezembro, mas ocorrerá uma primeira prévia da composição em 14 de novembro. A expectativa, segundo analistas do Bank of America e do Morgan Stanley, é de que a BRF ocupe o lugar deixado pelo Magazine Luiza (MGLU3).

Apesar de reconhecer os aspectos técnicos positivos a curto prazo, a Goldman Sachs pontuou sua visão cautelosa sobre a ação, pois vê uma combinação desafiadora de poder de precificação limitado, alta elasticidade da demanda e aumento da concorrência.

Em termos financeiros, a instituição prevê geração negativa de fluxo de caixa livre de R$ 521 milhões no terceiro trimestre. Com isso, a Goldman avalia ser difícil justificar avaliações mais altas para a BRF.