Os papéis da BRF (BRFS3) tiveram seu preço-alvo elevado de R$ 12,00 para R$ 13,00 pelo J.P. Morgan. Além disso, o banco norte-americano recomendou a compra das ações do frigorífico.
Em relatório, a casa estima que uma recuperação nas margens domésticas de aves e um menor custo da ração poderão aumentar o Ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) da BRF em 5% para 2024.
“No geral, a BRF ainda não saiu completamente da tempestade e o terceiro trimestre deve continuar a sentir o impacto do in-natura e do fraco segmento internacional. No entanto, parece que estamos em um ponto de virada e as tendências positivas no mercado interno, combinadas com a redução dos custos de ração e o foco no programa de eficiência”, pontuou a instituição financeira.
Segundo análise do J.P. Morgan, mesmo com os efeitos de ressaca do excesso de oferta global de aves pesando sobre os preços internacionais de in-natura, há esperança considerando os ajustes graduais de oferta que estão ocorrendo.
No cenário doméstico, a recuperação dos preços das aves também é vista como positiva pelo banco, com alta de quase 30% no trimestre.
“Esse cenário resulta da elevada demanda externa, que reduziu a disponibilidade interna de produtos de aves e permitiu aos vendedores aumentar os preços, o que sustenta as margens dos produtores”, afirmou o J.P. Morgan.
Nesta sexta-feira (20), por volta das 15:45 (de Brasília), as ações da BRF avançavam 2,12%, cotadas a R$ 10,61.
Marfrig (MRFG3) pode elevar fatia na BRF (BRFS3) para 50%, diz BBI
No final de setembro, a Marfrig (MRFG3) informou ter aumentado a sua participação na BRF (BRFS3) para 40,05%.
Segundo estimativas do Bradesco BBI, o cenário mais provável é que a Marfrig aumente sua participação para 50% na BRF e o Salic para 25%, enquanto os minoritários ficariam com 25%.
Em relatório, os analistas do banco avaliaram que o frigorífico pode tentar obter o controle total da BRF e citaram dois fatores: a poison pill (dispositivo que impede qualquer acionista de comprar mais de 33% sem fazer uma oferta por toda a companhia) foi retirada recentemente do estatuto social da BRF; e a existência de um compromisso assinado pelo novo investidor Salic que limita sua participação na BRF a 25%.
Em comunicado emitido, a Marfrig escreveu que o recente aumento na participação não visa alterar a atual composição do controle ou estrutura administrativa da BRF, apenas aumentar sua participação acionária na empresa.