A BRF (BRFS3) anunciou uma joint venture (JV) com a Halal Products Development Company (HPDC), empresa da Arábia Saudita. O investimento será de US$ 500 milhões, sendo US$ 120 milhões aplicados na constituição da sociedade e o restante conforme plano de negócio ainda não detalhado pela companhia.
A BRF ainda informou que o objetivo da nova empresa é desenvolver a indústria halal na Arábia Saudita por meio de inovação.
Segundo comunicado divulgado nesta terça-feira (25), a participação da BRF na sociedade será de 70%, enquanto a HPDC fica com 30% da JV.
Além disso, o acordo prevê a criação de uma Sede para Nego?cios Halal, um Centro de Inovação de Alimentos Halal e um Centro de Excelência, focados na cadeia completa de produc?a?o de frangos na Ara?bia Saudita e promovera? a venda de produtos frescos, congelados e processados.
Também nesta terça-feira (25), as ações da BRF (BRFS3) lideravam as perdas do Ibovespa, com queda de 9,06%, a R$ 12,54, por volta das 14h (horário de Brasília). Ainda assim, o anúncio da JV não era o único fator que fazia os papéis da empresa caírem. O Citi também rebaixou a recomendação para a ação da empresa para neutro, devido a incertezas sobre o plano de recuperação.
Na BRF, desafio de novo CEO está na redução de despesas
Com a saída de Lorival Luz e a entrada de Miguel Gularte como CEO (diretor-presidente) da BRF (BRFS3), a companhia do ramo alimentício ganha um novo olhar do mercado sobre sua gestão.
Gularte era CEO da Marfrig (MRFG3) e possui uma ampla experiência no setor. De acordo com analistas consultados pelo BP Money, a mudança no comando está ligada a uma estratégia de linha de produção e de crescimento. Contudo, a BRF terá na redução de despesas o seu maior desafio.
De acordo com o analista Flávio Conde, da Levante, um dos maiores empecilhos da BRF está em diminuir custos com ração para suínos e aves.