BRF (BRFS3) levanta R$ 5,4 bi em follow-on e vê alívio na alavancagem

Dona da Sadia ganha reforço de capital em momento de perspectiva de retomada do consumo e alivia pressões para venda de ativos

A BRF (BRFS3) comunicou ao mercado, que até agora, já movimentou R$ 5,4 bilhões no principal follow-on realizado no país em 2023. Na última quinta-feira (13), a companhia destacou que a demanda pela oferta foi 20% maior que a prevista e emitiu 600 milhões de ações a R$ 9 por papel, valor 5,7% menor que o do fechamento (R$ 9,54) nas negociações da B3.

Nesse sentido, os recursos da operação trarão alívio à estrutura de capital da BRF, frente à recorrente preocupação no mercado. Sendo assim, com o follow-on, a companhia estima recuo de 1,3 vez em sua alavancagem. No fim do primeiro trimestre do ano, o índice estava em 3,35 vezes.

“O follow-on demonstrou a confiança do mercado e trouxe um investidor estratégico ao negócio”, afirmou Miguel Gularte, CEO da BRF, ao em entrevista ao InfoMoney.

Desse modo, com a demanda extra na operação, a acionista de referência Marfrig (MRFG3) permaneceu com 33,3% do capital da dona da Sadia e Perdigão, ante uma expectativa do mercado de que a empresa fundada e controlada por Marcos Molina montasse uma posição acima de um terço do capital.

O fundo soberano da Arábia Saudita para a segurança alimentar, Salic, ficou com pouco mais de 10% de participação. Ao todo, Marfrig e Salic colocaram R$ 3,42 bilhões na operação. A Previ, outra acionista relevante, acompanhou a oferta.

BlackRock compra ações e eleva participação

A BRF (BRFS3) informou em comunicado ao mercado que a BlackRock aumentou sua participação acionária na empresa, de acordo com o anúncio no início do mês. A gigante gestora agora possui 50.029.300 ações ordinárias da BRF, juntamente com 4.416.627 American Depositary Receipts (ADRs), equivalentes a 4.416.627 ações da empresa.

A participação total da BlackRock na BRF é de 54.445.927 ações, representando aproximadamente 5,029% do total de ações emitidas pela empresa.

Segundo a gestora, a compra de ações é “estritamente de investimento, não objetivando alteração do controle acionário ou da estrutura administrativa da BRF”.

 

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