A BRF (BRFS3) divulgou nesta segunda-feira (14) seu balanço do segundo trimestre de 2023. A companhia reportou prejuízo líquido de R$ 1,34 bilhão, crescimento de quase três vezes em relação ao prejuízo visto em igual período de 2022, de R$ 451 milhões.
A BRF registrou uma receita líquida de R$ 12,2 bilhões entre abril e junho deste ano, queda de 5,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado totalizou R$ 1 bilhão, queda de 32,7% na comparação ano a ano. Com isso, a margem Ebitda ajustada alcançou 8,2%, queda de 3,4 pontos percentuais (p.p.) em relação ao mesmo período de 2022.
No segundo trimestre de 2023, o lucro bruto da BRF somou 1,486 bilhão, recuo de 25,1% na comparação anual.
Nesta segunda-feira, as ações da BRF recuaram 1,01%, cotadas a R$ 9,85.
BRF (BRFS3) conclui joint venture e fortalece laços com Arábia Saudita
No início de agosto, a BRF (BRFS3) formalizou a criação de uma joint venture com a Halal Products Development Company (HPDC), uma subsidiária do Fundo de Investimento Público (PIF) da Arábia Saudita, com o objetivo de desenvolver a indústria de carnes halal na região. A participação do frigorífico na nova empresa será de 70%, enquanto a HPDC terá 30% de participação.
A parceria tem como foco atender às exigências alimentares muçulmanas e busca impulsionar a indústria de carnes halal na Arábia Saudita. A formalização da JV ocorreu após a SALIC, subsidiária da PIF, adquirir uma participação de 10,7% na BRF como parte do objetivo de garantir a segurança alimentar do reino.
A Arábia Saudita importou uma média anual de 564.476 toneladas de produtos brasileiros de frango na última década, mas comprou menos no ano passado, ocupando o quarto lugar entre os principais destinos de frango do Brasil.
“O anúncio da JV ressalta o esforço da BRF para passar de uma função puramente exportadora para um fornecedor local de produtos de carne no país”, apontou a empresa.