BRF (BRFS3): Saudita Salic e Marfrig devem investir até R$4,5 bi

BRF engajou assessor financeiro para estudar alternativas para realização da oferta pública

A BRF (BRFS3) comunicou ao mercado na manhã desta quarta-feira (31), que a Saudi Agricultural and Livestock Investment Company (SALIC), da Arábia Saudita, , se comprometeu a investir em um potencial aumento de capital da companhia, assim como a atual acionista Marfrig (MRFG3).

De acordo com fato relevante divulgado pela BRF, o fundo da Arábia Saudita irá investir até 50 milhões de papéis. Contanto que, o preço das novas ações seja de até R$ 9, no contexto de uma eventual oferta primária de ações.

Além disso, a Marfrig, companhia frigorífica, se comprometeu em desembolsar R$ 250 milhões de ações da BRF. Baseado no valor de R$ 9. Sendo assim, a BRF receberia um aporte da ordem de R$ 4,5 bilhões.

Nesse sentido, o Conselho de Administração da BRF colocou o assessor financeiro para  estudar alternativas para realização da oferta pública de ações. Levando em conta, a distribuição de 500 milhões de novas ações do frigorífico, a um preço de R$ 9,00 por ação. Além da convocação de assembleia geral extraordinária da companhia para deliberar sobre o aumento de capital.

Venda em precatórios e ativos judiciais

O BRF (BRFS3) está em negociações avançadas para vender cerca de R$ 2 bilhões em precatórios, créditos tributários e ativos judiciais, apontou o Valor Econômico, na terça-feira (16). O BTG Pactual (BPAC11) é um dos potenciais compradores. 

Segundo fontes da reportagem, outra alternativa em cima da mesa seria captar recursos no mercado usando esses ativos como garantia e fechar o negócio em um prazo de 45 a 60 dias.

O plano de venda de ativos da BRF foi sinalizado na mesma época em que a empresa divulgou o balanço do quarto trimestre de 2022, à época, a empresa explicou que o objetivo era diminuir a dívida líquida da empresa avaliada em R$ 4 bilhões.

O Bradesco BBI avalia que a potencial venda de ativos não operacionais e da divisão de pet food estaria em linha com os esforços da companhia para reduzir a alavancagem financeira. Além disso, o banco de investimento manteve a recomendação da BRF em compra e preço-alvo de R$ 17, o que representa um potencial de valorização de 156% frente a cotação de fechamento de terça-feira (16) de R$ 6,64.