Projeções e análise

BRF (BRFS3): XP revisa ação e mantém visão positiva

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Foto: BRF / Divulgação

A XP Investimentos reiterou sua recomendação de compra e preço-alvo de R$ 30,80 par as ações da BRF (BRFS3). A avaliação da empresa se baseou nos fundamentos favoráveis do mercado, com relação aos esforços expressivos de virada da nova administração. 

A XP vê um cenário “bastante positivo” para a BRF, cuja valorização neste ano já ultrapassa os 80%. Conforme o relatório da casa, a disponibilidade de aves segue restrita no Brasil, por conta do aumento limitado da oferta combinado com a forte demanda doméstica e de exportação.

Por outro lado, a maior empresa de aves dos EUA apresenta oferta controlado, devido aos problemas da taxa de eclosão dos ovos, além da recente redução da capacidade de alguns produtores.

Outro ponto reforçado pela XP foi a baixa dos preços dos grãos, que deve durar pelo menos até 2025.

A equipe de analistas da casa também considerou a performance da BRF, o que levou a uma revisão das estimativas com o Ebitda ajustado- lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização –  que foi elevado em 14% e 15% acima do consenso para 2024 e 2025, respectivamente, de acordo com o “InfoMoney”.

A corretora brasileira espera que a reavaliação resultante da reforma na operação da BRF, iniciada pela nova gestão, persista, já que o ciclo ainda não atingiu o pico.

BRF (BRFS3) apresenta lucro de R$ 1,09 bilhão no 2T24

A BRF (BRFS3) encerrou o segundo trimestre deste ano (2T24) com um lucro líquido de R$ 1,09 bilhão. Em comparação, no mesmo período de 2023, a empresa havia registrado um prejuízo de R$ 1,34 bilhão.

Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado mais que dobrou, atingindo R$ 2,62 bilhões, o que representa um crescimento de 160,4% em relação ao mesmo período de abril a junho do ano passado.

“Em função dos eventos climáticos ocorridos no Rio Grande do Sul durante o segundo trimestre, a companhia incorreu em perdas e gastos adicionais no montante total de R$ 113 milhões para a manutenção de suas operações, o qual foi excluído do Ebitda ajustado do trimestre para facilitar a compreensão dos resultados recorrentes no período”, pontuou a empresa sobre as fortes chuvas que atingiram o Estado entre abril e maio.

A receita líquida aumentou 22,3% no período, alcançando R$ 14,93 bilhões. O volume de vendas cresceu 5,4% em comparação ao ano anterior, totalizando 1,24 milhão de toneladas, enquanto o preço médio do portfólio de produtos da empresa subiu 16%.