A Bridgestone anunciou nesta segunda-feira (8) que vai deixar de produzir pneus para veículos de passeio na fábrica de Santo André (SP) e transferir a linha de produção para Camaçari (BA). Com a medida, aproximadamente 600 funcionários de um total de 3,4 mil, o que equivale a cerca de 18% do efetivo, que trabalham na fabricação destes produtos deverão ser demitidos. A mudança deve ser efetivada até o final do ano.
A empresa informou que o objetivo é concentrar na região do ABC Paulista, somente a fabricação de pneus para caminhões, tratores e off-road, além do Firestone Airide – que são molas pneumáticas.
“Esta decisão é parte de um processo contínuo de avaliação do negócio e do mercado, para assegurar a competitividade da companhia e determinar a melhor alocação de recursos, otimizando o portfólio, processos e cultura para seguir servindo às necessidades do consumidor e mercado”, disse a companhia em comunicado.
Quanto aos empregos, a Bridgestone assinalou que o processo resultará em ajuste de sua equipe no ABC e que está “trabalhando junto ao sindicato e aos seus empregados em oportunidades de redução do impacto desta decisão à equipe da linha afetada”.
O Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo e Região informou que está realizando assembleias ao longo do dia, nos três turnos de produção, a fim de expor a situação e buscar alternativas aos cortes.
Lula avalia crédito para popularizar carros elétricos no Brasil
A fabricante chinesa BYD negocia a ampliação de sua operação no Brasil e estuda a instalação de uma fábrica de carros elétricos na Bahia. Na semana passada, o governador do estado Jerônimo Rodrigues (PT) e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniram com executivos da montadora para tentar ajustar os detalhes para a implantação da nova fábrica da gigante asiática em solo brasileiro.
De acordo com o petista baiano, os planos da BYD para a Bahia e para o Brasil são grandes. Segundo o governador, os chineses querem implantar no estado a maior indústria de montagem deles fora da Ásia, para abastecer o Brasil e a América Latina.
Ainda segundo o governador, a montadora fez algumas exigências para que o projeto possa sair do papel. Um deles depende do governo federal e seria a criação de linhas de financiamento para estimular taxistas, motoristas de aplicativos e a população mais pobre na aquisição de veículos elétricos.
“A intenção é criar uma política nacional de estímulo aos carros elétricos para a gente poder cumprir os nossos acordos internacionais de meio-ambiente e gerar emprego”, disse Jerônimo em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (19).
Além disso, outra proposta feita pelos chineses é que a União e o Executivo baiano firmem o compromisso de adquirir carros elétricos para frota de viaturas, ambulâncias e ônibus escolares e de transporte público. “Eles ficaram de entregar ao governo Lula essa demanda e Lula recebendo vai dizer o que pode e não pode”, acrescentou Jerônimo.
A isenção do IPVA, mais um pedido feito pelos chineses já está em análise pelo governo baiano. “Se não der para isentar totalmente, vamos baixar para estimular a compra de carros elétricos”, afirmou o governador.