BTG (BPAC11) supera Bradesco (BBDC4) em valor de mercado

BTG se tornou o segundo maior banco da bolsa, atrás apenas do Itaú

O BTG Pactual (BPAC11) superou, pela primeira vez na história, o Bradesco (BBDC4) em valor de mercado e se tornou o segundo maior banco da bolsa, atrás apenas do Itaú (ITUB4). Os dados são da consultoria Trademap, com base no fechamento de ontem (7) e foram reproduzidos pelo “Valor Econômico”.

O BTG atingiu um valor de mercado de R$ 155,52 bilhões, ultrapassando o Bradesco, que registrou R$ 155,47 bilhões. O Itaú Unibanco continua na liderança neste quesito, com R$ 254,46 bilhões. Banco do Brasil (BBSA3) aparece na quarta posição, com R$ 135,04 bilhões, e Santander Brasil (SANB11) em quinto, com R$ 103,45 bilhões.

Para calcular o valor de mercado do BTG, o Trademap usa como base o valor das ações ON e PN do banco negociadas em bolsa. A questão é que o papel mais líquido do BTG são as units BPAC11 (formadas por uma ação ON e duas PNA). Em seu site, o BTG usa o valor das units para calcular o valor de mercado, que ontem fechou em R$ 126,33 bilhões. A B3, operadora da bolsa, também usa essa metodologia. Por esse critério, não teria passado o Bradesco e nem mesmo o BB.

Einar Riveiro, chefe da área comercial do Trademap, diz que trata-se apenas de uma questão de metodologias diferentes e que ambas podem ser consideradas corretas, mas defende seu levantamento. “As units são uma ferramenta que a bolsa criou para dar mais liquidez para algumas empresas, são um instrumento teórico, elas não estão no estatuto do banco. É verdade que as units têm uma liquidez muito maior, mas apenas uma parte pequena da base acionária foi empacotada nas units. As ações PNB não fazem parte das units, por exemplo. Então eu não considero adequado calcular o valor do banco com base nas units”, explica. O capital do BTG é formado por 11.506.119.928 ações, sendo 7.244.165.568 ON, 2.864.529.000 PNA e 1.397.425.360 PNB.

Listado em Nova York, o Nubank tem um valor de mercado de US$ 36,8 bilhões, o que, convertendo pelo câmbio de hoje, dá cerca de R$ 180,7 bilhões. Ou seja, ficaria à frente de BTG, na segunda colocação geral.

O Bradesco vem passando por uma situação difícil nos últimos trimestres, em meio à alta na inadimplência e resultado negativo na tesouraria. O resultado do segundo trimestre, divulgado na semana passada, não trouxe muito alívio. Já o BTG, mesmo com a seca nos mercados de capitais, tem conseguido registrar resultados recordes, ampliando sua franquia, ampliando os serviços de banking e ganhando share de alguns rivais. O banco divulga seus resultados nesta quarta-feira (9) de manhã.

BTG Pactual: BofA eleva preço-alvo

No final de julho, as ações do BTG Pactual tiveram seu preço-alvo elevado de R$ 31,00 para R$ 40,00 pelo Bank of America (BofA). Além disso, o banco norte-americano recomenda a compra dos papéis da instituição financeira.

Em 2023, o BTG acumula uma alta anual de 43%. Na visão dos analistas Flavio Yoshida e Mario Pierry, do BofA, há espaço para o banco de André Esteves crescer ainda mais.

Segundo os analistas da casa, o BTG está “bem posicionado” para entregar forte crescimento de lucros, sendo impulsionado por uma forte expansão de primeira linha apoiada por um ambiente de taxas de juros mais baixas.

O BofA acredita que os números do BTG devem ser impulsionados por receitas mais fortes e um certificado de operações estruturadas (COE) mais baixo, de 14,4%.

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