BTG Pactual (BPAC11) tem lucro líquido de R$ 2,57 bilhões no 2T23

Valor representa um aumento de 18% em relação ao mesmo período de 2022

O BTG Pactual (BPAC11) reportou um lucro líquido ajustado de R$ 2,575 bilhões no segundo trimestre de 2023, um aumento de 18% em relação ao mesmo período de 2022 e de 13,8% em relação ao primeiro trimestre deste ano.

As receitas totais somaram R$ 5,443 bilhões no segundo trimestre, uma alta de 21% em 12 meses e de 13,3% em comparação ao quarto trimestre de 2022.

“Encerramos mais um trimestre com recordes de receita e lucro líquido em um ambiente macroeconômico desafiador, o que demonstra a resiliência e diversificação do nosso negócio”, afirma Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual.

O patrimônio líquido totalizou R$ 46,7 bilhões no segundo trimestre, um aumento de 12,9% em relação ao mesmo trimestre de 2022 e de 5,6% na comparação com o primeiro trimestre.

BTG (BPAC11) supera Bradesco (BBDC4) em valor de mercado

O BTG Pactual (BPAC11) superou, pela primeira vez na história, o Bradesco (BBDC4) em valor de mercado e se tornou o segundo maior banco da bolsa, atrás apenas do Itaú (ITUB4). Os dados são da consultoria Trademap, com base no fechamento de 07 de agotos, e foram reproduzidos pelo “Valor Econômico”.

O BTG atingiu um valor de mercado de R$ 155,52 bilhões, ultrapassando o Bradesco, que registrou R$ 155,47 bilhões. O Itaú Unibanco continua na liderança neste quesito, com R$ 254,46 bilhões. Banco do Brasil (BBSA3) aparece na quarta posição, com R$ 135,04 bilhões, e Santander Brasil (SANB11) em quinto, com R$ 103,45 bilhões.

Para calcular o valor de mercado do BTG, o Trademap usa como base o valor das ações ON e PN do banco negociadas em bolsa. A questão é que o papel mais líquido do BTG são as units BPAC11 (formadas por uma ação ON e duas PNA). Em seu site, o BTG usa o valor das units para calcular o valor de mercado, que ontem fechou em R$ 126,33 bilhões. A B3, operadora da bolsa, também usa essa metodologia. Por esse critério, não teria passado o Bradesco e nem mesmo o BB.

Einar Riveiro, chefe da área comercial do Trademap, diz que trata-se apenas de uma questão de metodologias diferentes e que ambas podem ser consideradas corretas, mas defende seu levantamento. “As units são uma ferramenta que a bolsa criou para dar mais liquidez para algumas empresas, são um instrumento teórico, elas não estão no estatuto do banco. É verdade que as units têm uma liquidez muito maior, mas apenas uma parte pequena da base acionária foi empacotada nas units. As ações PNB não fazem parte das units, por exemplo. Então eu não considero adequado calcular o valor do banco com base nas units”, explica. O capital do BTG é formado por 11.506.119.928 ações, sendo 7.244.165.568 ON, 2.864.529.000 PNA e 1.397.425.360 PNB.

Listado em Nova York, o Nubank tem um valor de mercado de US$ 36,8 bilhões, o que, convertendo pelo câmbio de hoje, dá cerca de R$ 180,7 bilhões. Ou seja, ficaria à frente de BTG, na segunda colocação geral.

O Bradesco vem passando por uma situação difícil nos últimos trimestres, em meio à alta na inadimplência e resultado negativo na tesouraria. O resultado do segundo trimestre, divulgado na semana passada, não trouxe muito alívio. Já o BTG, mesmo com a seca nos mercados de capitais, tem conseguido registrar resultados recordes, ampliando sua franquia, ampliando os serviços de banking e ganhando share de alguns rivais. O banco divulga seus resultados nesta quarta-feira (9) de manhã.

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile