A Buser anunciou na quinta-feira (08) que dispensou 30% dos funcionários. De acordo com a startup de turismo rodoviário, as demissões são fruto de um movimento de reorganização.
A companhia não revelou a quantidade de colaboradores atingidos com a demissão em massa. No entanto, alguns ex-funcionários recorreram ao LinkedIn para falar sobre os seus desligamentos.
Em nota à imprensa, a Buser não atribui as demissões apenas ao mau momento para as startups de tecnologia, mas também culpa a demora dos avanços regulatórios, algo que estaria freando o seu modelo de negócios.
“A jurisprudência em construção nos tribunais, como em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, é favorável ao modelo da Buser, mas os órgãos reguladores descumprem decisões judiciais e praticam blitze seletivas nas viagens da startup, gerando custos adicionais para prejudicar o fretamento colaborativo e beneficiar as grandes viações – que vêm perdendo mercado para os novos entrantes”, escreveu a startup.
Loft demite 312 funcionários em novo corte
A Buser seguiu a tendência de outras startups. O Grupo Loft, startup de imóveis, informou na última quarta-feira (07) ter feito uma nova reorganização na equipe, que culminou na demissão de 312 empregados, o que equivale a 12% do quadro de funcionários do grupo.
Este é o terceiro corte feito pela empresa, que demitiu 384 pessoas em julho. No total, a empresa já demitiu 855 profissionais desde abril.
De acordo com o portal “Infomoney”, a Loft garantiu que os funcionários dispensados terão apoio no processo de recolocação profissional. “A Loft agradece a dedicação dos colaboradores desligados e está empenhada em ajudar no que for possível para a sua recolocação no mercado”, escreveu em nota.
Morgan Stanley demite 1,6 mil funcionários em todo o mundo
Já na terça-feira (06), o Morgan Stanley demitiu cerca de 2% da sua equipe global, de acordo com o site “CNBC”. Cerca de 1,6 mil funcionários foram desligados do banco antes do pagamento dos bônus anuais.
De acordo com as informações do site “CNBC”, o movimento da instituição financeira estabeleceu uma das “tradições” de Wall Street no fim do ano: as demissões por baixo desempenho.
Antes da pandemia da Covid-19, é estimado que cerca de 1% a 5% dos funcionários eram demitidos em período próximo ao pagamento dos bônus. Com isso, a maioria remanescente de colaboradores do banco recebia mais dinheiro.
Além da “tradição”, o aumento dos juros nos EUA é visto como um dos fatores do corte promovido pelo Morgan Stanley.