China

BYD recua nas bolsas asiáticas após forte queda no lucro trimestral

A companhia informou ainda, nesta manhã, que a produção caiu pelo segundo mês consecutivo em agosto

BYD
Fábrica BYD Camaçari  (Foto: Henrique Rodriguez- Quatro Rodas/Reprodução)

As ações da montadora chinesa de carros eletrificados BYD (SHE: 002594) caíram nesta segunda-feira (1º), após a divulgação dos resultados trimestrais que mostraram a primeira queda no lucro em mais de três anos.

A companhia informou ainda, nesta manhã, que a produção caiu pelo segundo mês consecutivo em agosto, enquanto as vendas na China recuaram 14,3% em relação ao mesmo período do ano passado, em meio à intensa guerra de preços no maior mercado automotivo do mundo.

A BYD fabricou 353.090 veículos elétricos e híbridos plug-in globalmente no mês passado, uma retração de 3,78% na comparação anual, após já ter registrado queda de 0,9% em julho, segundo dados enviados ao mercado de Hong Kong nesta segunda-feira.

Analistas avaliam que a vantagem competitiva da BYD vem sendo corroída pelos esforços do governo chinês para conter a escalada da guerra de preços no setor.

O lucro líquido da maior fabricante de veículos elétricos do mundo caiu 30% no segundo trimestre, para 6,4 bilhões de iuans (US$ 895 milhões) em relação ao mesmo período do ano passado. O desempenho contrasta com o primeiro trimestre, quando o lucro havia dobrado.

Na Bolsa de Hong Kong, as ações da BYD recuaram 5,2%, enquanto os papéis listados em Shenzhen caíram 3,8%.

Guerra de Preços e Desempenho da BYD

Nos últimos anos, a montadora ganhou força ao aproveitar sua cadeia de suprimentos verticalmente integrada para financiar cortes agressivos de preços, consolidando sua liderança em uma guerra que se arrasta há anos no setor automotivo chinês.

Contudo, autoridades do país, preocupadas com a saúde financeira da indústria, determinaram que as montadoras reduzam o ritmo dos cortes de preços.

Analistas da Jefferies destacaram que o “desempenho surpreendentemente inferior” da BYD foi resultado de “uma confluência marcada por disputas de vendas e ventos contrários estruturais que corroem sua até então formidável competitividade”. As informações são do InfoMoney.