A Chocolates Pan, após oito meses da Justiça ter decretado falência, com um leilão para a venda de todos os ativos, a antiga fábrica da Pan está prestes a ser controlada pela Cacau Show.
A Cacau Show, administrada pelo Alexandre Costa, realizou o maior lance no certame promovido no dia 15 de setembro e, agora, aguarda a homologação do judiciário para assumir o local.
A antiga fábrica, localizada na cidade de São Caetano do Sul, no ABC Paulista, a planta de 10,4 mil metros quadrados, recebeu oferta de R$ 70 milhões pela CCSH, um veículo de investimentos da Cacau Show, segundo apurou o jornal Diário do Grande ABC.
Para a aquisição do espaço, a forma de pagamento seria de R$ 17,5 milhões à vista e o restante parcelado em 30 meses.
O vice-presidente da Cacau Show, Daniel Roque, ressaltou em entrevista que, “a história da Pan será respeitada”. No entanto, Roque não detalhou os planos da companhia para o espaço por conta da espera da decisão da Justiça.
Oferta da Cacau Show
Em suma, a oferta da Cacau Show foi similar à da Construtora Patriani. No entanto, a construtora condicionou o pagamento a uma avaliação técnica para verificar a viabilidade de um empreendimento imobiliário.
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O leiloeiro considerou que isso poderia conferir uma vantagem à construtora sobre os concorrentes, mas encaminhou a proposta ao judiciário para avaliação. Por outro lado, a DGD Participações fez uma oferta de R$ 65 milhões para pagamento à vista. Agora, a decisão sobre o vencedor ficará a cargo da Justiça.
A Pan, sigla para Produtos Alimentícios Nacionais S.A., foi fundada na cidade de São Caetano do Sul pelos engenheiros Aldo Aliberti e Oswaldo Falchero, em 12 de dezembro de 1935.
O produto que ficou mais famoso foram seus “cigarrinhos” feitos de chocolate, que depois foram retirados do mercado. A Chocolates Pan também foi pioneira ao criar para o mercado nacional o primeiro chocolate diet ao leite.
Em fevereiro, a companhia pediu falência e alegou que sofreu uma importante queda em seu faturamento nos últimos anos, impactando o plano de recuperação judicial, no qual se encontra desde março de 2021.
Na petição, a Pan afirmava ter uma dívida de R$ 182,9 milhões de impostos estaduais e de R$ 15 milhões em tributos federais – não há referência ao tamanho da dívida bancária. Diante do cenário, a Justiça optou por decretar a falência da companhia e determinou que seus bens fossem à leilão.
