Após a conselheira Lenisa Prado ter solicitado ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a reabertura da análise da compra de ações da BRF (BRFS3) pela Marfrig (MRFG3), a mesma voltou atrás e desistiu da reavaliação.
Como os outros conselheiros apoiaram a decisão, a aprovação do negócio, que havia sido entregue pela Superintendência-Geral do Cade no fim de setembro, foi mantida.
Prado pediu informações mais consistentes e análise mais precisa sobre o caso na semana passada, alegando ter dúvidas se operação não prejudica o consumidor. (Leia mais aqui)
Ela ressaltou anteriormente que não foram analisadas quesitos como a influência do acionista majoritário na BRF, “em especial um acionista que atua no mesmo setor, e que já foi concorrente ainda mais próximo quando atuava com a marca “Seara”.
Porém, na sessão desta quarta-feira (20) a conselheira disse que, depois de reuniões com advogados das partes e a apresentação de novos dados e documentos, entendeu que a operação não oferece riscos ao mercado. “Houve esclarecimentos das questões concorrenciais”, pontuou.
Mesmo com o novo entendimento, ainda há chances de um conselheiro apresentar despacho em até 15 dias, requerendo que o processo siga para o tribunal e seja estudado por seus integrantes. O pedido tem que ser aprovado pela maioria do tribunal para que o caso seja reaberto.