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Café com BPM: bolsas globais sobem em dia de feriado nos EUA

Com os mercados americanos fechados, a atenção se volta para a Europa e os eventos econômicos locais

Foto: pexels
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As bolsas globais apresentam alta no pré-mercado desta quinta-feira (4) e os índices futuros dos EUA apresentam movimentos variados, refletindo a ausência de negociações devido ao feriado: Dia da Independência dos EUA. 

Com os mercados americanos fechados, a atenção se volta para a Europa e os eventos econômicos locais.

Na Europa, o Reino Unido está focado nas eleições gerais do Parlamento, enquanto o Banco Central Europeu (BCE) divulga a ata de sua última reunião de política monetária. 

Esses eventos são aguardados com grande expectativa pelos investidores europeus, que buscam entender as direções futuras da política econômica do continente.

Com a liquidez reduzida em função do feriado nos EUA, o destaque no cenário econômico brasileiro fica por conta da divulgação da balança comercial de junho, prevista para as 15h (horário Brasília). A mediana de pesquisa da Broadcast aponta para um saldo de US$ 5,6 bilhões.

Entretanto, as grandes novidades vieram na noite de ontem, após uma reunião entre os ministros da área econômica e o presidente Lula. 

O ministro Fernando Haddad anunciou que o presidente determinou a preservação do arcabouço fiscal a qualquer custo, autorizando um corte de R$ 25,9 bilhões nas despesas obrigatórias do Orçamento de 2025. 

Essa notícia trouxe um alívio significativo ao mercado, demonstrando um compromisso firme com a disciplina fiscal.

EUA

Na sessão reduzida pelo feriado de quarta-feira, o S&P 500 e o Nasdaq atingiram novos recordes. 

Dados recentes revelaram que o setor de serviços nos EUA contraiu no ritmo mais acelerado dos últimos quatro anos, enquanto a pesquisa ADP indicou sinais de enfraquecimento no mercado de trabalho.

Esses indicadores reacenderam as expectativas de possíveis cortes nas taxas de juros em setembro.

Os investidores agora aguardam o relatório de empregos (payroll) dos EUA, que será divulgado na sexta-feira (5).

Economistas preveem a criação de 190 mil empregos em junho, um número inferior ao do mês anterior, com a taxa de desemprego permanecendo estável em 4%. Esse relatório será crucial para avaliar as próximas movimentações na política de juros do Federal Reserve.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: +0,20%

S&P 500 Futuro: +0,07%

Nasdaq Futuro: -0,05%

Bolsas asiáticas

Os mercados asiáticos encerraram as negociações sem uma tendência definida. Enquanto os índices acionários do Japão e Taiwan alcançaram novos recordes históricos, os mercados chineses continuaram a registrar perdas.

Shanghai SE (China), -0,83%

Nikkei (Japão): +0,82%

Hang Seng Index (Hong Kong): +0,28%

Kospi (Coreia do Sul): +1,11%

ASX 200 (Austrália): +1,19%

Bolsas europeias

Na Europa, os mercados apresentam alta, impulsionados pelas eleições gerais no Reino Unido e pela divulgação da ata da última reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE).

As urnas estarão abertas das 7h às 22h, horário local, com pesquisas apontando uma vitória expressiva para o Partido Trabalhista de centro-esquerda.

Paralelamente, os investidores consideram a possibilidade de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed), após a divulgação de dados econômicos dos EUA que reforçam a necessidade de flexibilização monetária.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,70%

DAX (Alemanha): +0,36%

CAC 40 (França): +0,79%

FTSE MIB (Itália): +0,69%

STOXX 600: +0,59%

Ibovespa: relembre a véspera

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão da última quarta-feira (3) com alta de 0,70%, aos 125.661,89 pontos. O dólar comercial caiu 1,71%, a R$ 5,56.

Nos últimos dias, a apreensão do mercado girou em torno do risco fiscal do Brasil, que também elevou bastante o dólar.

Logo, a reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com membros do governo para discutir formas de segurar a desvalorização do real, gerou expectativas sobre os agentes financeiros, levando o Ibovespa à alta.

Radar corporativo

O termo de acordo bilionário de solução consensual entre a Oi (OIBR3) e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) foi aprovado pelo TCU (Tribunal de Contas da União), nesta quarta-feira (3).

Além disso, os ADRs da Vale (VALE3) tiveram recomendação de compra reforçada pelo Goldman Sachs, com corte suave no preço-alvo de US$ 16,20 para US$ 16. A avaliação representa potencial de alta de 44% sobre o fechamento de terça-feira (2). 

Agenda do dia

Confira abaixo a agenda desta quinta-feira (4)

▪️ EUA: Feriado deixa mercados fechados
▪️ Reino Unido: Eleições gerais ao Parlamento

Indicadores
▪️ 08h30 – Alemanha: BCE divulga ata da reunião de política monetária
▪️ 10h00 – Anfavea: Produção de veículos de junho
▪️ 15h00 – MDIC divulga balança comercial de junho, seguida de coletiva

Eventos
▪️ 10h00 – GT da regulamentação da reforma tributária apresenta texto
▪️ 11h00 – BC: Otávio Damaso concede entrevista sobre Open Finance