Pré-mercado

Café com BPM: bolsas globais caem com temores sobre inflação

As atenções estão voltadas às possíveis consequências das tarifas recíprocas, que vão ser implementadas em 2 de abril

Bolsas
Café com BPM (Foto: Unsplash)

As bolsas globais começam o pré-mercado desta terça-feira (25) com desempenho, em sua maioria, negativo, enquanto investidores avaliam quais devem ser os impactos das tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump. Agentes do mercado temem uma alta da inflação e desaceleração do crescimento econômico.

As atenções estão voltadas às possíveis consequências das tarifas recíprocas, que vão ser implementadas em 2 de abril. Uma reportagem do “Wall Street Journal” e da “Bloomberg News” apontou que o governo dos EUA pode restringir a abrangência das tarifas, o que causou um certo alívio no mercado.

O presidente dos EUA também falou a jornalistas que “pode dar folgas a muitos países”, mas que as taxas sobre alguns setores, como o farmacêutico e o automobilístico devem ser impostas em “um futuro próximo”.

Falando-se em política nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está no Japão e encontrou o imperador Naruhito nesta terça-feira (25). O objetivo do encontro é o fortalecimento das relações comerciais bilaterais entre os dois países. Lula e a primeira-dama Rosângela Lula da Silva foram recebidos com uma cerimônia de boas-vindas.

EUA

O destaque desta terça-feira (25) é a divulgação dos dados de confiança do consumidor de março, das vendas de imóveis novos em fevereiro e de manufatura do Richmond Federal Reserve para março. Também está prevista a participação da governadora do Fed, Adriana Kugler, e do presidente do Fed de Nova York, John Williams, em eventos.

Nesta segunda-feira (25), o presidente do Fed (Federal Reserve) de Atlanta, Raphael Bostic, disse que as tarifas devem dificultar a desinflação, o que o levou a prever somente um corte na taxa básica de juros em 2025. Porém, declarações mais moderadas de Trump sobre as tarifas animaram o mercado.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: -0,16%

S&P 500 Futuro: -0,17%

Nasdaq Futuro: -0,30%

Bolsas asiáticas

As bolsas da Ásia-Pacífico apresentaram movimentos mistos, com investidores atentos à política tarifária dos EUA. As maiores perdas, de 2%, ocorreram no Índice Hang Seng, de Hong Kong. Os mercados da região foram pressionados principalmente pelas ações de tecnologia.

Shanghai SE (China), 0,00%

Nikkei (Japão): +0,46%

Hang Seng Index (Hong Kong): -2,35%

Kospi (Coreia do Sul): -0,62%

ASX 200 (Austrália): +0,07%

Bolsas europeias

Os mercados da Europa estão em alta, apesar de temores relacionados às tarifas dos EUA. A comercialização de carros caiu 3,1% em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano passado. Esta foi a maior queda em cinco meses. As incertezas econômicas têm levado a uma queda no consumo.

  • FTSE 100 (Reino Unido): +0,35%
  • DAX (Alemanha): +0,04%
  • CAC 40 (França): +0,44%
  • FTSE MIB (Itália): +0,34%
  • STOXX 600: +0,24%

Radar corporativo

Como reflexo do aumento das contingências e os efeitos da judicialização no setor de saúde, que pressionam o lucro líquido ajustado da Hapvida (HAPV3), o Goldman Sachs reduziu o preço-alvo das ações de R$ 4,30 para R$ 4,00. No entanto, o banco manteve a recomendação de compra do papel.

Enquanto isso, a startup sul-coreana de chips de inteligência artificial FuriosaAI teria recusado uma proposta de aquisição da Meta (M1TA34) no valor de US$ 800 milhões. A proprietária do Facebook, Instagram e WhatsApp estaria interessada em reduzir sua dependência da gigante dos chips Nvidia (NVDC34).