Café com BPM: bolsas asiáticas e europeias operam em direções contrárias antes de ata do FED

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O pregão desta quarta-feira (6) está marcado pelas volatilidades dos mercados internacionais, em dia de muitas expectativas para os anúncios do FED (Federal Reserve, banco central norte-americano).

A autoridade financeira dos EUA irá divulgar a ata sobre a política monetária do país, o que indica os novos rumos da taxa básica de juros na região.

Com isso, os mercados acionários da Ásia intensificaram seu temor para uma possível recessão e fecharam em queda.

Além do possível pessimismo absorvido de Wall Street, as medidas restritivas na China também preocupam os investidores.

O governo chinês anunciou, no início desta semana, que irá instaurar novos lockdowns na região devido a novos aumentos de casos de Covid-19.

Em contrapartida, na Europa, o sentimento é um pouco mais otimista, visto que a publicação de alguns indicadores de vendas e serviços na região impulsionaram as bolsas no início deste pregão.

Enquanto as vendas no varejo da zona do euro tiveram alta de 0,2% no mês de maio, as encomendas à indústria na Alemanha cresceram em 0,1%, surpresa para os especialistas do mercado, que aguardavam queda no índice.

Ainda assim, os acionistas da região permanecem atentos aos novos desdobramentos em Wall Street.

No cenário nacional, a falta de indicadores leva as atenções dos investidores para a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Combustíveis.

A aprovação do texto na Câmara dos Deputados deve ganhar ritmos mais quentes nesta quarta (6), uma vez que o relator do projeto anunciou a desistência da incrementação do “vale-uber”, decorrente da pressão do governo federal.

Ainda no radar dos acionistas, também será publicado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais de junho.

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou em queda de 0,32% na última terça-feira (5). Já o dólar registrou alta de 1,08% no fechamento, cotado a R$ 5,38 na terça (5).

Os mercados futuros dos EUA operam de forma volátil na manhã desta quarta-feira (6).

-Dow Jones Futuro (EUA), +0,07%
-S&P 500 Futuro (EUA), -0,04%
-Nasdaq Futuro (EUA), -0,04%
 

Bolsas Asiáticas

Os mercados acionários da Ásia fecharam em queda nesta quarta-feira (6), em dia de aumento de temor para uma recessão econômica mundial e de preocupações com a Covid-19 na China.

Após o governo chinês decretar novos lockdowns no país no início desta semana, devido à alta de casos de coronavírus, diversas ações de tecnologia já perderam força na região.

Além disso, de forma generalizada, as bolsas asiáticas também foram puxadas pelo receio de Wall Street, e agora aguardam os direcionamentos da ata do FED.

Segue o fechamento das bolsas asiáticas:

-Nikkei (Japão), -1,20%
-Kospi (Coreia do Sul), -2,13%
-Taiex (Taiwan), -2,53%
-Xangai SE (China), -1,43%
 

Bolsas Europeias

Já na Europa, o sentimento positivo voltou a contemplar as ações da região, após quedas fortes no pregão da última terça-feira (5).

As altas das bolsas europeias aconteceram após a divulgação dos PMIs (Índice de Gerentes de Compras) na zona do euro, que cresceram 0,2% no mês de maio.

No mesmo sentido otimistas, as encomendas à indústria da Alemanha tiveram a alta de 0,1% no período, crescimento inesperado pelo especialistas do mercado.

Ainda que os dados tenham sido animadores, os investidores agora analisam os desdobramentos da política monetária dos EUA, corroborados pelo PMI norte-americano, e também a crise política no Reino Unido, que levou à demissão de ministros e ameaça o governo do Primeiro-Ministro britânico, Boris Johnson.

Confira as principais bolsas europeias:

-DAX (Alemanha), +1,46%
-CAC 40 (França), +1,63%
-FTSE MIB (Itália), +1,11%
-FTSE 100 (Reino Unido), +1,80%
 

Notícias Corporativas

Em período de publicação de resultados, a Gol (GOLL4) anunciou que a oferta ASK (assentos por quilômetros voados) teve alta de 68,6% no primeiro semestre, em comparação com o mesmo período do último ano.

Na mesma direção, o número de decolagens cresceu 79,6% na base anual, enquanto o total de assentos aumentou em 74,1%.

Por sua vez, o Grupo CCR (CCRO3) anunciou na última terça-feira (05) que tanto a Itaúsa (ITSA4) quanto a Votorantim adquiriram parte da Andrade Gutierrez na empresa. 

Em comunicado, a empresa de concessão de infraestrutura e serviços afirmou que a Itaúsa adquirirá 208.669.918 ações ordinárias de emissão e a Votorantim adquirirá 91.479.918 ações ordinárias de emissão. Em conjunto, ambas as compras representam cerca de 14,86% do capital social da CCR.

Já a Petrobras (PETR4) informou a conclusão da venda de sua participação de 27,88% na Deten Química, localizada no polo industrial de Camaçari, na Bahia, para a Cepsa Química.
 

Agenda

No cenário doméstico, o dia com poucos indicadores econômicos contará com a publicação do Índice de Variação de Aluguéis do mês de junho, por meio da FGV.

Entre os compromissos dos representantes do governo federal, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, irá se reunir com a Ministra de Finanças da Índia, Nirmala Sitharaman.

Além disso, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente-executivo da Associação Aço Brasil, Marco Polo, também se encontrarão com Guedes.

Lá fora, aguarda-se com atenção a divulgação da ata da decisão de política monetária do FED, além do PMI norte-americano do mês de junho.

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