
As bolsas globais apresentam movimentos positivos nesta segunda-feira (16), em meio à escalada dos conflitos no Oriente Médio. A troca de ataques entre Israel e Irã elevou o preço do petróleo, influenciando o desempenho das ações do setor.
O avanço da commodity também aumenta os temores inflacionários e pressiona os bancos centrais, reforçando a volatilidade dos mercados. Além disso, com o cerco ao estreito de Ormuz e ameaças à infraestrutura de energia, cresce a preocupação com possíveis interrupções no fornecimento global.
No radar econômico, os investidores seguem atentos às decisões de bancos centrais, como os do Japão, Inglaterra e Suíça, além de declarações de autoridades dos EUA.
EUA
Os índices futuros norte-americanos operam em alta à espera da decisão do Fed (Federal Reserve) sobre os juros dos Estados Unidos, que será divulgada na quarta-feira (18). A leitura é de que os discursos de Jerome Powell, presidente da autarquia, podem alterar as expectativas em relação aos cortes de juros. Contudo, o mercado segue atento aos indicadores econômicos que serão divulgados ao longo da semana.
No mercado de commodities, após a alta de 7% do petróleo na última sexta-feira (13) com a escalada do conflito no Oriente Médio, o Brent e o WTI recuam nesta segunda-feira (16), o que alivia, em certo grau, os temores inflacionários e as pressões de custo.
Apesar do arrefecimento dos preços do petróleo, as tensões no Oriente Médio continuam elevadas, com os ataques entre Israel e Irã sendo monitorados de perto. O risco geopolítico segue no radar dos investidores e continua trazendo volatilidade aos mercados.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: +0,36%
S&P 500 Futuro: +0,44%
Nasdaq Futuro: +0,49%
Bolsas asiáticas
As bolsas asiáticas também foram afetadas pelas tensões no Oriente Médio, que impulsionaram os preços do petróleo. O cenário de risco manteve a cautela dos investidores, favorecendo a valorização de setores defensivos, especialmente aqueles sensíveis aos custos de energia.
Entre os indicadores, as vendas no varejo da China em maio superaram as estimativas, com crescimento de 6,4%, o que ajudou a sustentar, em parte, o apetite por risco — ainda que as preocupações com o setor industrial persistam.
Shanghai SE (China): +0,35%
Nikkei (Japão): +1,29%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,70%
Kospi (Coreia do Sul): +1,80%
ASX 200 (Austrália): -0,01%
Bolsas europeias
Os ataques entre Israel e Irã também foram motor para o desempenho das bolsas europeias, à medida que os mercados temem a desestabilização no fornecimento de energia. Além disso, a queda do petróleo reduziu, parcialmente, a pressão inflacionária, o que trouxe alívio para setores mais expostos aos custos de energia.
STOXX 600: +0,40%
DAX (Alemanha): +0,46%
FTSE 100 (Reino Unido): +0,48%
CAC 40 (França): +0,77%
FTSE MIB (Itália): +0,94%
Ibovespa: relembre a véspera
O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta sexta-feira (13) com queda de 0,43%, aos 137.212,63 pontos. O dólar comercial subiu 0,09%, a R$ 5,54
A Ibovespa e a maior parte das bolsas no mundo foram fortemente influenciadas pelo conflito crescente entre Israel e Irã, iniciado na quinta-feira (12). Durante o dia o petróleo chegou a registrar um aumento de 9%. O preço do ouro também saltou, com avanço registrado de 1,5%, para US$ 3.452,80 a onça-troy.
Com o risco global, o dólar ganhou força perante o real em meio ao crescimento de risco. A moeda norte-americana chegou a ultrapassar os R$ 5,59, apesar da entrada de pontural de fluxo comercial e atuações defensivas de exportadores, como explicou o economista e Diretor da Nomos, Alexandro Nishimura.
Agenda do dia
Indicadores
▪️ 08h00 – FGV: IGP-10 de junho
▪️ 08h00 – FGV: Prévia do IPC-S
▪️ 08h25 – BC: Pesquisa Focus
▪️ 09h00 – BC: IBC-Br de junho
▪️ 09h30 – EUA/Fed de NY: Atividade industrial Empire State de junho
▪️ Opep: Relatório mensal sobre petróleo
Eventos
▪️ Câmara pode votar urgência do projeto de decreto legislativo (PDL) que revoga reajuste do IOF
▪️ Canadá: Cúpula de líderes do G7