Café com BPM: bolsas caem com receio sobre nova variante

O Ibovespa encerrou em queda de 1,04% na sexta-feira (17), sendo afetado pelo exterior, que repercutia dados inflacionários, com destaque para a Alemanha, e a continuação das divulgações das decisões de bancos centrais ao redor do mundo. A sessão também foi marcada por um dia de opções no índice, que contribuiu ainda mais para as oscilações nas negociações.

Na manhã desta segunda-feira (20), a atenção está para a entrada do Brasil no ano eleitoral, que faz com que a cautela seja elevada devido à fragilidade fiscal, que é seguida da inflação, da alta dos juros e de uma atividade fraca.

Outro destaque vai para a Comissão Mista do Orçamento (CMO) que votará o Orçamento às 10h (horário de Brasília). O Orçamento de 2022 deve chegar a marca de R$ 2 trilhões nas receitas primárias do governo federal (R$ 2,028 trilhões).

Na sessão, as bolsas internacionais iniciam as negociações com quedas generalizadas, em meio às preocupações sobre as novas restrições impostas para conter a propagação da variante Ômicron, além do revés para a agenda do presidente dos EUA, Joe Biden, que levou o Goldman Sachs a cortas as previsões de crescimento do país.

Os índices futuros norte-americanos oscilam nesta manhã, à medida que mercado monitora o ressurgimento de novos casos da Covid-19 e uma possível mudança na política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), que anunciou, na semana passada, um plano mais agressivo para reduzir a compra de títulos e elevar a taxa de juros.

Na Europa, novos bloqueios foram estabelecidos devido a variante Ômicron, que está se propagando de forma rápida e está assustando investidores.

O grande número de contaminações fez com que a Holanda retomasse as restrições, enquanto o secretário de Saúde do Reino Unido, Sajid Javid, segue com a ideia de que medidas mais fortes podem ser tomadas até o Natal.

Os mercados europeus operam no vermelho nesta manhã.

Na Ásia, os bancos chineses anunciaram um corte de sua taxa básica de juros para empréstimos, indo de 3,85% para 3,8%. Esse foi o primeiro movimento deste de abril do ano passado.

As bolsas asiáticas fecharam em queda, com os principais mercados apresentando grandes perdas.

Os preços do petróleo recuaram nessa manhã com o aumento dos casos de covid na Europa e nos EUA, alimentando os temores dos investidores de que novas restrições, para combater a propagação da variante, possam atingir a demanda por combustível, como foi antecipado pelo InfoMoney.
 
Confira os principais índices às 7h50:
 
IFIX [+0,50%]
 
ÁSIA
Nikkei 225 [-2,13%]
S&P/A SX 200 [-0,16%]
Hang Seng [-1,93%]
Shanghai [-1,07%]
 
EUROPA
DAX [-1,93%]
FTSE 100 [-1,16%]
CAC 40 [-1,15%]
SMI [-0,94%]
 
ÍNDICES FUTUROS EUA
S&P 500 VIX [+7,83%]
US 2000 [-1,68%]
US Tech 100 [-1,41%]
US 500 [-1,25%]
 
COMMODITIES
Ouro [-0,43%] US$ 1.797,25
Prata [-0,89%] US$ 22,332
Cobre [-0,59%] US$ 4,2713
Petróleo WTI [-3,49%] US$ 68,38
Petróleo Brent [-2,84%] US$ 71,41
Minério de ferro futuro [+0,40%] US$ 111,64

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