Mercado

Café com BPM: Bolsas caem em primeiro pregão do ano

Os mercados enfrentaram um dia marcado por movimentos de aversão ao risco, refletidos globalmente

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, encerrou a terça-feira (2) em queda de 1,11%, aos 132.696 pontos. Já o dólar comercial subiu 1,28%, cotado a R$ 4,91.

Os índices futuros de Nova York persistiram com a tendência de queda do primeiro dia do ano, começando o dia em baixa. O Nasdaq Composite registrou sua mais desfavorável sessão desde outubro, enquanto somente o Dow Jones encerrou a jornada sem grandes variações. A pressão negativa foi impulsionada pelo segmento de tecnologia, influenciado pela reclassificação das ações da Apple pelo banco britânico Barclays.

Os mercados enfrentaram um dia marcado por movimentos de aversão ao risco, refletidos globalmente. 

O foco desta quarta-feira (3) recai especialmente na divulgação da Ata do FOMC (Comitê de Mercado Aberto) do Federal Reserve, que deve oferecer mais insights sobre a direção das taxas de juros nos EUA. A expectativa é de que o documento forneça indicações claras sobre o início do ciclo de cortes de juros pelo banco central. 

Além disso, aguardam-se comentários relevantes sobre o tema pelo presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin, que terá um discurso nesta tarde.

Os mercados futuros de Nova York estão em baixa nesta manhã, mantendo a tendência observada na sessão anterior. O Nasdaq Composite teve um desempenho negativo, registrando sua pior sessão desde outubro, com uma queda superior a 1,6%, enquanto o Dow Jones encerrou o dia com uma pequena alta de 0,1%. O S&P 500 também apresentou um declínio de 0,6%.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro (EUA), – 0,06%

S&P 500 Futuro (EUA), – 0,11%

Nasdaq Futuro (EUA), – 0,22% 

Bolsas Asiáticas

O mercado asiático apresentou declínios significativos devido à baixa performance das gigantes de tecnologia, especialmente as fabricantes de chips. Os principais índices da região foram afetados pelo rebaixamento da Apple, impactando negativamente suas fornecedoras, que operaram com quedas expressivas.

A maior parte das ações ligadas à tecnologia e ao setor de chips, como Samsung Electronics, LG Corporation e SK Hynix, registrou queda em torno de 3% cada. Enquanto isso, no Japão, a bolsa permanece fechada devido a um feriado de mercado.

Shanghai SE (China), + 0,17%

Nikkei (Japão), – fechada devido à feriado

Hang Seng Index (Hong Kong), – 0,85%

Kospi (Coreia do Sul), – 2,34%

ASX 200 (Austrália), – 1,37%

Bolsas europeias

As bolsas europeias abriram a sessão sem uma tendência clara, mas, ao longo da manhã, direcionaram-se para o território negativo. O índice Stoxx 600, inicialmente estável na abertura, registrou um declínio gradual durante a manhã.

Os setores mantiveram uma dinâmica mista, com ações de saúde em alta de 1,04% e do setor de alimentos e bebidas levemente em alta, cerca de 0,6%, compensando a queda de 0,8% no segmento de construção e materiais, além de um recuo de 0,6% nas ações de tecnologia e mineração.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,1%

DAX (Alemanha), – 0,15%

CAC 40 (França), – 0,58%

FTSE MIB (Itália), – 0,16%

STOXX 600, – 0,1%

Radar Corporativo

As ações dos grandes bancos fecharam em acentuada baixa no pregão do Ibovespa desta terça-feira (2), e contribuíram para a fraco desempenho do índice na primeira sessão de 2024, após sucessivas altas na semana passada. No setor bancário, o Itaú (ITUB4) desvalorizou 1,28%, enquanto o Banco do Brasil (BBAS3) caiu 1,14%. Já o Bradesco (BBDC4) recuou 1,99%, e o Santander (SANB11) apresentou queda de 0,77%.

A queda é atribuída a reação das instituições financeiras ao início da vigência da nova regra do juro no rotativo do cartão de crédito, que não poderá ultrapassar 100% do valor principal da dívida. Dessa forma, a dívida total de quem atrasa a fatura do cartão de crédito não poderá superar o dobro do débito original. Atualmente, os juros do rotativo estão na casa de 430% ao ano.

Além disso, o Ibovespa iniciou o ano de 2024 com uma nova carteira. Agora, cerca de 87 papéis de 84 empresas brasileiras fazem parte do índice, sendo a Transmissão Paulista (TRPL4) a única novidade do portfólio desde a atualização mais recente. A nova carteira terá validade até 3 de maio de 2024.

As ações com maior peso na composição continuam sendo a Vale (VALE3)Petrobras (PETR3;PETR4)Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4).