Café com BPM: bolsas no verde em semana marcada por dados de inflação

As bolsas globais iniciam o primeiro pré-mercado da semana com ganhos majoritários, enquanto os investidores concentram suas atenções nos dados de inflação da principal economia global. 

Os investidores também aguardam o CPI de outubro, a ser divulgado na quarta-feira (13), e a participação de Powell em um evento na quinta-feira (14), após ele não ter descartado uma nova redução na taxa de juros em dezembro.

Na China, a decepção com os estímulos fiscais persiste, enquanto os dados de inflação divulgados no fim de semana ainda reverberam.

Os mercados também aguardam, para a noite de quinta-feira (14), os dados de produção industrial e vendas no varejo.

No Brasil, a semana, mais curta devido ao feriado da República que fechará a B3 na sexta-feira, começa com a divulgação do resultado do setor público consolidado de setembro, às 8h30 desta segunda-feira (11).

Ainda estão no radar o IBC-Br, o volume de serviços, as vendas no varejo e a ata do Copom, que será publicada amanhã.

A atenção do mercado está voltada para a percepção do Banco Central sobre o cenário externo (agora com Trump) e o risco de dominância fiscal, caso o pacote do governo Lula traga frustrações.

EUA

Os índices futuros dos EUA mostram tendência de alta, após uma semana marcada por recordes de fechamento dos principais índices em Nova York, impulsionados pelas eleições norte-americana.

O S&P 500 fechou a semana passada com um ganho de 4,66%, enquanto o Dow avançou 4,61%, ambos alcançando o melhor desempenho semanal desde novembro de 2023. O Nasdaq registrou um aumento ainda maior, subindo 5,74%.

Investidores tendem a ver governos republicanos como favoráveis devido à expectativa de desregulamentação e cortes de impostos. No entanto, o déficit elevado e o impacto de tarifas aumentam as preocupações inflacionárias.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: +0,21%

S&P 500 Futuro: +0,32%

Nasdaq Futuro: +0,43%

Bolsas asiáticas

As bolsas da Ásia-Pacífico terminaram mistas após medidas de estímulo da China ficarem abaixo do esperado e a inflação de outubro também vir aquém das previsões, levantando dúvidas sobre a recuperação econômica do país.

Na sexta-feira (8), o governo chinês lançou um pacote de estímulo de cinco anos, no valor de 10 trilhões de yuans (cerca de US$ 1,4 trilhão), para lidar com o endividamento dos governos locais. Ainda assim, analistas questionam se esse montante será suficiente para dar um impulso expressivo ao crescimento.