As bolsas internacionais operam em alta no pré-mercado desta terça-feira (15), embora o rumo definitivo dos negócios siga sendo ditado, como de costume, pelas idas e vindas das decisões comerciais de Donald Trump.
O mercado continua refém do excesso de informações contraditórias, que mudam de direção a cada nova declaração vinda da Casa Branca.
Na noite anterior, os índices futuros em Nova York voltaram a recuar, mesmo após um pregão positivo.
Nem mesmo as ações de empresas de tecnologia e montadoras escaparam da pressão, refletindo a incerteza em torno do relaxamento parcial das tarifas sobre produtos eletrônicos e a sinalização de uma possível isenção temporária para o setor automotivo.
A decisão de retirar os eletrônicos da alíquota de 125% sobre importações chinesas, bem como dos 10% sobre bens vindos de outros países, foi anunciada de forma repentina pela Alfândega dos EUA, sem maiores esclarecimentos, pouco antes do fim de semana — o que acabou sendo recebido de forma positiva pelo mercado.
Apesar do alívio evidente, Trump, fiel ao seu estilo, tratou de minimizar a ideia de recuo. Enfatizou que as medidas são apenas provisórias e garantiu que novas tarifas estão sendo estudadas, com foco especial na cadeia de semicondutores e demais componentes eletrônicos.
Entre os indicadores que movimentam os mercados nesta manhã, destaque para os dados de inflação de março e o índice de confiança ZEW de abril, na Alemanha, além da produção industrial da zona do euro, divulgada às 6h.
Nos EUA, o índice Empire State de atividade industrial sai às 9h30. Mais tarde, os olhares se voltam para a China: o PIB do primeiro trimestre será revelado no fim da noite, acompanhado dos dados de produção industrial e vendas no varejo de março.
No cenário doméstico, a única divulgação relevante é o IGP-10 de abril (8h), enquanto o foco principal recai sobre o envio da proposta orçamentária de 2026 ao Congresso, que traz como meta um superávit primário de 0,25%.
EUA
Os futuros das bolsas americanas apontam para uma abertura positiva nesta terça-feira (15), com os investidores reagindo bem à possibilidade de suspensão das tarifas sobre automóveis — um movimento que alimenta o apetite por risco, especialmente às vésperas de uma nova leva de balanços corporativos.
Entre os destaques do dia, estão os resultados trimestrais de Johnson & Johnson, Bank of America, Citigroup e United Airlines.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: +0,03%
S&P 500 Futuro: +0,25%
Nasdaq Futuro: +0,36%
Bolsas asiáticas
Na Ásia, as bolsas encerraram o pregão em alta, refletindo o otimismo vindo de Wall Street, onde os principais índices subiram ontem à noite impulsionados por um rali no setor de tecnologia.
A expectativa agora se volta para os dados do PIB da China, que serão divulgados amanhã e devem dar pistas sobre a recuperação econômica do país.
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No campo político, Cingapura se prepara para eleições gerais marcadas para 3 de maio. O presidente Tharman Shanmugaratnam dissolveu oficialmente o Parlamento nesta terça-feira, abrindo caminho para o processo eleitoral, que incluirá um período de campanha de nove dias e um dia de silêncio antes da votação.
Shanghai SE (China), +0,15%
Nikkei (Japão): +0,84%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,25%
Kospi (Coreia do Sul): +0,88%
ASX 200 (Austrália): +0,17%
Bolsas europeias
Na Europa, as bolsas também operam em terreno positivo, com os investidores apostando em uma possível flexibilização nas políticas tarifárias dos EUA.
Apesar do clima mais leve, o mercado foi surpreendido por um tombo nas ações da gigante de luxo LVMH, que recuaram 8% após a divulgação de vendas abaixo do esperado no primeiro trimestre.
Já no Reino Unido, o relatório do mercado de trabalho trouxe uma leve alta na taxa de emprego, que passou para 75,1% no período de dezembro de 2024 a fevereiro de 2025, segundo o Escritório de Estatísticas Nacionais.
STOXX 600: +0,97%
DAX (Alemanha): +1,21%
FTSE 100 (Reino Unido): +0,88%
CAC 40 (França): +0,25%
FTSE MIB (Itália): +1,24%
Agenda do dia
Indicadores
▪️ 03h00 – Alemanha: Índice de Preços por Atacado de março
▪️ 03h45 – França: IPC de março
▪️ 05h00 – Relatório Mensal da Agência Internacional de Energia
▪️ 06h00 – Alemanha: Índice ZEW de Condições Atuais de abril
▪️ 06h00 – Zona do Euro: Produção Industrial mensal de fevereiro
▪️ 06h00 – Zona do Euro: Percepção Econômica ZEW de abril
▪️ 08h00 – FGV: IGP-10 de abril
▪️ 09h30 – EUA: Índice Empire State de Atividade Industrial de abril
▪️ 23h00 – China: PIB do 1TRI e Produção Industrial e Vendas no Varejo de março
Eventos
▪️ 09h00 – BC: Galípolo se reúne com o CEO Global do Nubank, David Vélez, o CRO, Henrique Fragelli, a CEO Brasil, Lívia Chanes, e o diretor de políticas públicas, Eduardo Lopes
▪️ 13h30 – BC: Galípolose reúne com a presidente global do Santander, Ana Botín, e o CEO do Santander Brasil, Mário Leão
▪️ 20h10 – EUA: Diretora do Fed Lisa Cook discursa
