Pré-mercado

Café com BPM: Bolsas em baixa; Inflação nos EUA ocupa radar

A expectativa é que o resultado do CPI possa fornecer sinais mais claros sobre o ritmo da desinflação no país

Foto: Freepik
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As bolsas globais entraram em baixa no pré-mercado desta quinta-feira (10), com os investidores atentos à divulgação do CPI (Índice de Preços ao Consumidor) dos EUA, que está prevista para 9h30 (horário de Brasília).

A expectativa é que o resultado do CPI possa fornecer sinais mais claros sobre o ritmo da desinflação no país. Caso se confirme a tendência de desaceleração da inflação, os temores de uma nova pressão inflacionária podem ser aliviados, aumentando a probabilidade de o Fed (Federal Reserve) pausar o ciclo de corte de juros.

Entretanto, se os números do CPI vierem acima das expectativas, pode haver uma intensificação na reprecificação dos rendimentos dos Treasuries, que já estão em alta, e uma valorização do dólar, com repercussões nos ativos domésticos.

No Brasil, o mercado também sofre com as incertezas em torno da recuperação econômica da China, o que tem pressionado as commodities, desvalorizado o real e impulsionado as taxas do DI.

Além disso, o cenário doméstico tem a divulgação de dados do varejo em agosto, que podem fornecer uma visão mais clara do desempenho econômico no período. O anúncio de que o governo planeja introduzir um imposto mínimo para milionários também gerou desconforto entre os investidores.

Na Ásia, as bolsas chinesas registraram quedas significativas, em meio à decepção do mercado com a ausência de novos estímulos econômicos por parte do governo chinês, frustrando as expectativas anteriores. Esse sentimento negativo também impactou os preços do minério de ferro, que encerrou o dia em queda.

EUA

Na sessão anterior, os principais índices fecharam com ganhos, impulsionados pela ata do FOMC e pela recuperação das ações de tecnologia, que haviam recuado na terça-feira.

A expectativa dos economistas para o CPI de setembro é de uma leve alta de 0,1%, sinalizando uma possível desaceleração contínua da inflação e reforçando as apostas de que o Federal Reserve possa realizar um corte de 25 pontos-base.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: -0,14%

S&P 500 Futuro: -0,17%

Nasdaq Futuro: -0,22%

Bolsas asiáticas

Na Ásia-Pacífico, os mercados fecharam em alta, acompanhando o otimismo dos mercados americanos.

As bolsas chinesas se recuperaram após uma pausa no crescimento do dia anterior, e Hong Kong registrou um ganho expressivo de 3% na última hora de negociação.

Após uma decepção inicial com a falta de novos estímulos, o Ministério das Finanças da China anunciou uma coletiva de imprensa para o dia 12 de outubro, com a expectativa de que sejam revelados detalhes sobre a política fiscal e iniciativas para o desenvolvimento econômico.

Shanghai SE (China), +1,32%

Nikkei (Japão): +0,26%

Hang Seng Index (Hong Kong): +2,98%

Kospi (Coreia do Sul), +0,19%

ASX 200 (Austrália): +0,43%

Bolsas europeias

As bolsas europeias abriram em alta nesta quinta-feira, com os investidores à espera dos dados de inflação dos Estados Unidos que podem influenciar as próximas decisões do Federal Reserve.

O setor de seguros liderou os ganhos, recuperando-se após a estabilização dos impactos causados pelo furacão Milton nos EUA. Entretanto, o setor automotivo registrou uma queda de 0,55%, pressionado por crescentes desafios competitivos que vêm prejudicando o desempenho das montadoras europeias, adicionando incertezas ao setor.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,04%

DAX (Alemanha): -0,24%

CAC 40 (França): -0,15%

FTSE MIB (Itália): +0,32%

STOXX 600: -0,14%

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