As bolsas globais começam a semana com sinais mistos no pré-mercado desta segunda-feira (16). Os dados de atividade econômica divulgados no domingo trouxeram pouco otimismo em relação ao ritmo de crescimento na China, que também definirá sua taxa de juros nos próximos dias.
No cenário de política monetária global, o Banco da Inglaterra (BoE) deve manter os juros estáveis, enquanto as expectativas sobre um possível aperto pelo Banco do Japão (BoJ) permanecem céticas. Já nos EUA, o mercado está praticamente certo de que o Fed (Federal Reserve) cortará as taxas de juros na quarta-feira.
No Brasil, após o impacto do aumento da Selic, o foco agora se volta para a ata do Copom (Comitê de Política Monetária), que será divulgada na terça-feira, e para o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), previsto para quinta-feira.
O Banco Central segue atuando para conter as pressões cambiais e realizará mais um leilão de linha hoje para atender à demanda sazonal de fim de ano, em um contexto em que o dólar continua acima de R$ 6 devido às tensões fiscais.
No cenário político, o presidente Lula recebeu alta hospitalar, mas permanecerá em São Paulo até quinta-feira, de onde coordenará as negociações políticas em uma semana crucial antes do recesso parlamentar.
O governo enfrenta uma verdadeira corrida contra o tempo para avançar na votação do pacote fiscal, da regulamentação da reforma tributária e do Orçamento de 2025, com a meta de concluir essas pautas antes do Natal.
EUA
Os índices futuros dos EUA registram leves altas nesta segunda-feira (16), abrindo uma semana que promete ser agitada, com destaque para a decisão do Federal Reserve (Fed) sobre a política monetária, programada para quarta-feira.
Atualmente, os juros nos EUA estão entre 4,50% e 4,75%, e analistas esperam um corte de 0,25 ponto percentual, o que ajustaria a taxa para o intervalo de 4,25% a 4,5%. Essa expectativa reflete uma combinação de dados contraditórios sobre inflação e emprego, que sugerem moderação no ritmo de ajustes monetários.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: +0,11%
S&P 500 Futuro: +0,19%
Nasdaq Futuro: +0,27%
Bolsas asiáticas
Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em queda. Na China, resultados abaixo do esperado nas vendas no varejo ofuscaram dados positivos de produção industrial e vendas de imóveis, pressionando os mercados.
No Japão, o índice Nikkei apresentou estabilidade, com investidores atentos à decisão do Banco do Japão (BoJ) prevista para quinta-feira, poucas horas após o anúncio do Fed.
Em Seul, o clima político pesou: a aprovação do impeachment do presidente interrompeu a sequência de ganhos da bolsa, em meio à crise política no país.
Shanghai SE (China), -0,16%
Nikkei (Japão): -0,03%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,88%
Kospi (Coreia do Sul): -0,22%
ASX 200 (Austrália): -0,56%
Bolsas europeias
Na Europa, os principais mercados abriram no vermelho, com a bolsa de Paris sofrendo maior pressão após a Moody’s rebaixar a nota de crédito da França. Além disso, investidores acompanham de perto os índices de gerentes de compras (PMI) da região, em uma semana crucial que trará decisões de juros tanto do Fed quanto do Banco da Inglaterra (BoE).
FTSE 100 (Reino Unido): -0,30%
DAX (Alemanha): -0,36%
CAC 40 (França): -0,71%
FTSE MIB (Itália): -0,02%
STOXX 600: +0,16%
Agenda do dia
Indicadores
▪️05h30 – Alemanha/S&P Global: PMI Composto – preliminar
▪️06h00 – Zona do euro/S&P Global: PMI Composto – preliminar
▪️06h30 – Reino Unido/S&P Global: PMI Composto – preliminar
▪️08h25 – Brasil/BC: Boletim Focus
▪️10h30 – EUA/Fed NY: Índice de atividade ind. Empire State – Dez
▪️11h45 – EUA//S&P Global: PMI Composto – preliminar
▪️15h00 – Brasil/Mdic: Balança comercial semanal
▪️16h00 – Argentina/Indec: PIB do 3º trimestre
▪️12h30 – Brasil/BC: Otávio Damaso participa de almoço da Anbima
Eventos
▪️05h15 – Zona do Euro: Christine Lagarde (BCE) discursa
▪️09h00 – Brasil/BC: Gabriel Galípolo participa de café da manhã na Abratel/Record
▪️09h00 – Brasil/BC: Otávio Damaso fala sobre open finance em evento do Ibrac
▪️10h20 – Brasil: BC faz leilão de venda de US$ 3 bilhões