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Café com BPM: bolsas globais operam em alta às vésperas de payroll

Além disso, diversos membros do Fed estão e devem continuar se pronunciando ao longo da semana

Bolsas
Bolsas respiram em sessão pré-payroll (Foto: Freepik)

As bolsas globais operam em alta na manhã desta quinta-feira (4) com os investidores atentos na agenda do dia.

Recentes sessões foram marcadas por tensões, com preocupações sobre um possível discurso mais ‘hawkish’ por parte do chairman do Fed, dado os sinais de aquecimento da economia dos EUA e a série extensa de indicadores desta semana. 

Além disso, diversos membros do Fed estão e continuarão se pronunciando ao longo da semana. Esses eventos levaram os investidores a ajustarem suas perspectivas em relação aos cortes nas taxas de juros. 

Os dados de negociação dos Fed funds agora apontam uma probabilidade de 62,3% de um corte na reunião de junho do Banco Central americano, reduzindo-se em relação aos cerca de 70% da semana passada, conforme indicado pela ferramenta CME FedWatch.

Bolsas globais são movimentadas por indícios deixado pelo Fed

Sete membros do Federal Reserve (Fed) farão pronunciamentos, um dia antes do relatório do payroll e após as declarações de Powell, o que deve movimentar as bolsas globais. O discurso que ecoou suas palavras anteriores sobre os riscos de cortes prematuros ou tardios nas taxas de juros.

Embora não tenha trazido novidades, parte do mercado interpretou isso como um sinal de alívio, já que o presidente do Fed não adotou um tom mais hawkish, apesar dos indicadores robustos recentes da atividade econômica. A incerteza quanto ao início do ciclo de cortes nas taxas de juros persiste.

Por aqui, o foco é o cambio

Em um contexto de pressão sobre o dólar, a agenda doméstica pode influenciar a bolsa e o mercado de câmbio, especialmente com os dados previstos para esta quinta-feira (4).

Isso porque na agenda local são divulgadas: as contas externas de fevereiro às 8h30 (horário de Brasília), o fluxo semanal às 14h30 (horário de Brasília) e a balança comercial de março às 15h (horário de Brasília), que provavelmente mostrará um superávit de US$ 6,950 bilhões, mesmo com a safra de soja menor.

Os saldos comerciais positivos têm contribuído para reduzir o déficit em conta corrente, estimado em US$ 3,30 bilhões em fevereiro, de acordo com a mediana das previsões do Broadcast, variando de US$ 4,7 bilhões a US$ 2,1 bilhões.

EUA 

Nas bolsas norte-americanas, os mercados futuros operam em alta nesta quinta-feira (4), em meio à expectativa pelo payroll e após declarações do presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, que reiterou a necessidade de confiança na trajetória da inflação para considerar cortes nas taxas de juros – não trazendo surpresas ao mercado.

Os futuros dos índices dos EUA estão em alta hoje, revertendo a tendência negativa que o Dow Jones enfrentou nos últimos três dias. Ontem, durante o pregão regular, o Dow caiu 0,1%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq registraram pequenos ganhos de apenas 0,1% e 0,2%, respectivamente.

Cotação dos índices futuros dos EUA

Dow Jones Futuro: +0,28%

S&P 500 Futuro: +0,32%

Nasdaq Futuro: +0,46%

Bolsas asiáticas

As bolsas asiáticas encerraram o dia em alta, recuperando parte das perdas de ontem, impulsionados pelas expectativas de cortes de juros nos EUA e pelos feriados na China, Hong Kong e Taiwan. O índice Nikkei do Japão subiu 0,81% em Tóquio, atingindo 39.773,14 pontos, com o setor financeiro e de eletrônicos impulsionando os ganhos, enquanto o Kospi sul-coreano avançou 1,29% em Seul, chegando a 2.742,00 pontos, impulsionado por empresas de semicondutores, baterias e automóveis.

Shanghai SE (China), fechado por feriado

Nikkei (Japão): +0,81%

Hang Seng Index (Hong Kong): fechado por feriado

Kospi (Coreia do Sul): +1,29%

ASX 200 (Austrália): +0,45%

Bolsas europeias

Na Europa, as bolsas estão em alta, à medida que os investidores buscam impulsionar o novo trimestre após um início instável. As atas da última reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que serão divulgadas em breve, devem fornecer orientações sobre possíveis cortes nas taxas de juros na região.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,42%

DAX (Alemanha): +0,06%

CAC 40 (França): +0,12%

FTSE MIB (Itália): 0,00%

STOXX 600: +0,07%

Ibovespa: pregão anterior

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão da última quarta-feira (3) com queda de 0,18%, aos 127.318,39 pontos. O dólar comercial caiu 0,35%, a R$ 5,04.

A sessão renovou as mínimas no decorrer das negociações. Contudo, a curva do Ibovespa inverteu, diminuiu as perdas, após as declarações de Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve). Ainda assim, as ações de maior peso caíram e Leandro Petrokas, sócio da Quantzed, deu sua avaliação sobre o cenário ao BP Money.

Radar corporativo

Ler que a “empresa x entrou com pedido de recuperação judicial” se tornou comum no noticiário do mercado brasileiro, desde o ano passado, com recorde no volume de pedidos (1.405) em 2023. Desde 2020, no entanto, há uma espécie de fundo de investimento que se beneficia desse cenário: os fundos especializados, ou special situations. O BP Money reuniu análises de especialistas para explicar sobre.

Além disso, no radar da política econômica, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), tem realizado, conversas reservadas, projeções mais conservadoras para a Selic (taxa básica de juros) até o final de 2024. A autoridade levantou a tese de que o indicador possa ficar em 9,75%.

Agenda do dia

Na agenda desta quinta-feira (4), os eventos de destaque incluem a divulgação da balança comercial tanto do Brasil quanto dos EUA.

No Brasil, teremos às 8h30 (horário de Brasília) os dados das transações correntes, com expectativa de déficit de US$ 3,55 bilhões, e também os números do investimento estrangeiro. Às 15h(horário de Brasília), será divulgado o saldo da balança comercial, com previsão de superávit de US$ 6,9 bilhões.

Além disso, o ministro da Fazenda, Haddad, terá reuniões com representantes da indústria e do Ministério das Relações Exteriores.

Nos EUA, às 9h30 (horário de Brasília), serão anunciados os pedidos de seguro-desemprego semanal, com projeção de 214 mil solicitações, e os dados da balança comercial de fevereiro, estimando-se um déficit de US$ 67,3 bilhões.

Na Zona do Euro, às 8h30 (horário de Brasília), a ata da reunião do Conselho do Banco Central Europeu será publicada.