Pré-mercado

Café com BPM: bolsas globais mistas com tarifas de Trump

O presidente dos EUA afirmou que vai impor tarifas ao México e Canadá assim que o prazo de um mês de adiamento acabar

Café com BPM
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As bolsas globais estão registrando movimentos mistos nesta terça-feira (25), com investidores atentos à política tarifária dos EUA. O presidente do país, Donald Trump afirmou, nesta segunda-feira (24), que vai implementar tarifas sobre o México e o Canadá assim que o prazo de um mês acabar, na próxima semana.

O presidente afirmou que as tarifas aos dois vizinhos vão “seguir em frente” após o período. Isto levou investidores de todo o mundo a ficarem na defensiva.

Os avanços na agenda protecionista do país norte-americano também incluem a ordem de Trump para que o Comitê de Investimento Estrangeiro dos EUA impusesse restrições aos investimentos chineses em tecnologia, energia e outros setores. Nos EUA, investidores também estão atentos às divisões políticas em relação à guerra na Ucrânia.

Trump retirou a condenação dos EUA à invasão russa de 2022 tanto nas Nações Unidas quanto entre países do G7, na tentativa de terminar a guerra de forma favorável à Rússia. Isto aprofundou as divisões políticas entre os aliados do presidente ainda mais.

Na Ásia, todas as bolsas fecharam em queda diante das declarações de Trump sobre as tarifas. O mercado japonês voltou do feriado pressionado pelas ações de eletrônicos. Na Coreia do Sul, as quedas foram impulsionadas pelo corte de juros e redução das projeções de crescimento.

EUA

Investidores estão atentos aos dados de confiança do investidor do Conference Board dos EUA, que vão ser divulgados nesta terça-feira (25) às 12h (horário de Brasília). As expectativas de economistas consultados pela Dow Jones são de que o índice atinja 102,3 pontos em fevereiro, resultado menor do que os 104,1 pontos de janeiro.

Nesta semana, agentes do mercado também aguardam os dados da inflação, com a divulgação do índice de preços de gastos com consumo pessoal (PCE) de janeiro, na sexta-feira (28). O PCE é o indicador de inflação mais relevante para as decisões do Fed (Federal Reserve).

As atenções nos EUA seguem voltadas à política tarifária. Investidores analisam a possibilidade de que Trump avance com as tarifas recíprocas ainda neste ano. O governo do país norte-americano também continua as discussões para um acordo de paz na Ucrânia.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: +0,06%

S&P 500 Futuro: -0,04%

Nasdaq Futuro: -0,23%

Bolsas asiáticas

Na região da Ásia-Pacífico, as bolsas fecharam em queda acompanhando o movimento de baixa de Wall Street na última noite. Investidores estão cautelosos diante de mais ameaças tarifárias de Trump enquanto avaliam o corte na taxa de juros da Coreia do Sul, de 3% para 2,75%.

A taxa tinha ficado inalterada em janeiro, depois de cortes em outubro e novembro de 2024. Apenas um dos 27 economistas consultados pelo “The Wall Street Journal” não previa um corte nos juros. A Coreia também reduziu previsões de crescimento para este ano.

As exportações do país estão sendo prejudicadas por tarifas maiores dos EUA e um aumento do protecionismo global. Além disso, há uma demanda interna mais baixa em razão das incertezas políticas decorrentes do julgamento de impeachment do presidente do país.

Shanghai SE (China), -0,80%

Nikkei (Japão): -1,39%

Hang Seng Index (Hong Kong): -1,32%

Kospi (Coreia do Sul): -0,57%

ASX 200 (Austrália): -0,68%

Bolsas europeias

Os mercados do continente operam mistos, com um pessimismo se espalhando pela região. Investidores respondem aos lucros da Fresenius Medical Care, Smith & Nephew, Heidelberg Materials e Alcon. Também estão atentos à divulgação de mais detalhes sobre o PIB da Alemanha no quarto trimestre, nesta terça-feira (25).

As tarifas de Trump também movem as bolsas da Europa, assim como a formação de uma nova coalizão no governo da Alemanha. No país, a economia recuou no quarto trimestre, com uma queda nas exportações. No campo corporativo, a Unilever anunciou que o CEO Hein Schumacher vai sair do cargo.

O dirigente ocupava o cargo há menos de dois anos.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,10%

DAX (Alemanha): -0,18%

CAC 40 (França): -0,08%

FTSE MIB (Itália): +0,11%

STOXX 600: +0,10%

Ibovespa: relembre o último pregão

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta segunda-feira (24) com baixa de 1,36%, aos 125.401,38 pontos. O dólar comercial subiu 0,43%, a R$ 5,75.

O começo desta sessão vinha sendo regido pela agenda corporativa, com a Petrobras (PETR4) e a Vale (VALE3) puxando as perdas do Ibovespa. Mas a deterioração piorou ainda mais com a antecipação do ministro do trabalho com os números do Caged, que devem vir muito mais forte que o esperado.

Agenda do dia

Indicadores
▪️ 04h00 – Alemanha: PIB do 4TRI
▪️ 05h00 – Fipe: Prévia do IPC de fevereiro
▪️ 09h00 – IBGE: IPCA-15 de fevereiro
▪️ 12h00 – EUA/Conference Board: Índice de confiança do consumidor de fevereiro
Eventos
▪️ África do Sul: Início da reunião dos ministros de Finanças e presidentes de BCs do G20
▪️ 09h00 – Haddad participa em SP de evento promovido pelo BTG Pactual
▪️ 11h00 – Lula participa de evento no Planalto com a ministra da Saúde, Nísia Trindade
▪️ 13h45 – EUA: Michael Barr (Fed) discursa sobre estabilidade financeira
▪️ 15h00 – EUA: Tom Barkin (Fed) fala em evento
Balanços
▪️ NY/Antes da abertura: Home Depot
▪️ Brasil/Antes da abertura: Marcopolo
▪️ Brasil/Depois do fechamento: CBA, IRB, RD Saúde, Telefônica e Rede D’Or