Pré-mercado

Café com BPM: bolsas globais oscilam à espera do payroll

Nos EUA, o destaque fica para o relatório de emprego e uma fala de Jerome Powell, presidente do Fed

Foto: Freepik
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As bolsas globais apresentam oscilações no último pregão da semana, sexta-feira (7), com o mercado atento a uma agenda carregada de dados e eventos, tanto internacionais quanto nacionais.

Nos EUA, o destaque fica para o relatório de emprego e uma fala de Jerome Powell, presidente do Fed, enquanto no Brasil os olhos estão voltados para o PIB do quarto trimestre e as reações às novas medidas do governo Lula para tentar controlar os preços dos alimentos.

Em Nova York, o payroll será um ponto crucial para as apostas sobre o futuro das taxas de juros, com uma expectativa crescente de um possível corte mais significativo. Contudo, uma postura mais cautelosa por parte de Powell também não está descartada.

Na véspera, o pessimismo de Christine Lagarde e do Banco Central Europeu (BCE), devido às incertezas criadas pelas tarifas de Trump e pelas tensões geopolíticas, alteraram a visão do mercado sobre as taxas de juros na zona do euro.

No Brasil, o crescimento da economia deve ser confirmado em 3,5% para 2024, mas a reação inicial dos investidores deverá ser sobre a isenção do imposto de importação para diversos produtos, ainda sem uma estimativa exata de impacto fiscal.

No início da noite, Geraldo Alckmin anunciou que o governo decidiu zerar a alíquota do imposto de importação sobre alimentos essenciais, como carne, café, açúcar e milho. A medida ainda precisa passar pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) antes de ser oficializada.

EUA

Nos EUA, os índices futuros registram alta nesta sexta-feira, enquanto o mercado aguarda o payroll de fevereiro, que pode dar pistas sobre o rumo das taxas de juros. Espera-se que o relatório indique a criação de 160.000 novos postos de trabalho, após um aumento de 143.000 em janeiro, e uma taxa de desemprego estável em 4,0%, segundo previsões de economistas.

Além disso, Powell deve fazer uma fala em um fórum de política monetária à tarde, em um momento em que as expectativas são de que o Fed mantenha os juros inalterados nas reuniões de março, enquanto avalia a evolução do mercado de trabalho e da inflação.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: +0,11%

S&P 500 Futuro: +0,09%

Nasdaq Futuro: +0,02%

Bolsas asiáticas

Na Ásia-Pacífico, os mercados fecharam em queda, pressionados pela alta dos rendimentos dos títulos de longo prazo do governo japonês, que atingiram níveis mais altos desde a crise financeira de 2008.

O desempenho das bolsas asiáticas refletiu as perdas em Wall Street, após as tarifas impostas por Donald Trump não conseguirem acalmar os investidores.

Além disso, houve crescente preocupação com os indicadores econômicos dos EUA, que sinalizaram impactos negativos das políticas tarifárias de Trump sobre a economia americana, com alertas sobre o aumento dos custos de insumos, conforme apontado pelo Livro Bege do Fed e pelos dados de manufatura do Institute for Supply Management.

Shanghai SE (China), -0,25%

Nikkei (Japão): -2,17%

Hang Seng Index (Hong Kong): -0,57%

Kospi (Coreia do Sul): -0,49%

ASX 200 (Austrália): -1,81%

Bolsas europeias

Já os mercados europeus encerraram a semana em baixa, com uma volatilidade marcada pela política tarifária dos EUA, o recente corte de juros do BCE, reformas fiscais na Alemanha e aumento nos gastos com defesa na região.

Os investidores continuam a avaliar o impacto do corte de 0,25 ponto percentual nas taxas do BCE, enquanto também acompanham as projeções de inflação e crescimento econômico.

O BCE indicou que sua política monetária está se tornando “significativamente menos restritiva”, sugerindo uma possível abordagem mais cautelosa nas próximas reuniões, após já ter realizado seis cortes desde junho do ano passado.

TSE 100 (Reino Unido): -0,51%

DAX (Alemanha): -1,26%

CAC 40 (França): -1,05%

FTSE MIB (Itália): -0,78%

STOXX 600: -0,83%

Ibovespa: relembre a véspera

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão da última quinta-feira (16) com alta de 0,25%, aos 123.357,55 pontos. O dólar comercial subiu 0,02%, a R$ 5,75.

O Ibovespa operou com grande volatilidade nesta sessão, refletindo o cenário externo com o “vai e vem” tarifário de Donald Trump, bem como as perspectivas econômicas, à espera do resultado do PIB brasileiro de 2024, que sairá nesta sexta-feira (7).

Agenda do dia

Indicadores

▪️Fenabrave divulga dados de emplacamentos de veículos de fevereiro

▪️07h00 – Zona do euro: PIB/4Tri

▪️09h00 – Brasil: PIB/4Tri

▪️10h30 – EUA: Payroll de fevereiro

▪️15h00 – Brasil: Balança comercial de fevereiro

▪️15h00 – EUA/Baker Hughes: poços e plataformas de petróleo em operação

▪️17h00 – EUA/Fed: Crédito ao Consumidor de janeiro

▪️19h00 – Haddad será entrevistado pelo podcast Flow

Eventos

▪️06h30 – Lagarde (BCE) discursa em conferência

▪️09h50 – Lula visita assentamento do MST em MG

▪️12h15 – EUA: Michelle Bowman (Fed) discursa em evento

▪️12h45 – EUA: John Williams (Fed) fala

▪️13h15 – Guillen (BC) participa de evento organizado pelo Banco de Portugal

▪️14h20 – Adriana Kluger (Fed) discursa em conferência

▪️14h30 – Powell discursa em evento