Café com BPM: bolsas globais recuam à espera da superquarta

As bolsas globais apresentam uma tendência de queda no pré-mercado desta segunda-feira (27), com o foco dos investidores voltado para a “superquarta”.

As incertezas protecionistas não devem impactar o consenso de que o Federal Reserve interromperá os cortes de juros na quarta-feira (29) e o Banco Central Europeu adotará uma flexibilização de 0,25 ponto percentual na quinta-feira.

Nos EUA, a agenda está repleta de eventos, incluindo os resultados das grandes empresas (Apple, Meta, Microsoft e Tesla), além dos dados do índice de preços de consumo (PCE) de dezembro (sexta-feira) e do PIB do quarto trimestre (quinta-feira). 

No Brasil, Galípolo assume o comando do Copom, que também se reunirá na “superquarta”, com uma alta já prevista de 1 ponto percentual, elevando a Selic para 13,25%.

A principal dúvida dos investidores é se o Banco Central fornecerá orientações sobre a reunião de maio, diante da pressão fiscal e da inflação descontrolada, especialmente com a crise alimentar que se agrava. Neste domingo, Lula publicou um vídeo nas redes sociais prometendo tomar providências para resolver essa questão.

EUA

No aguardo dessa semana crucial, os futuros das bolsas de Nova York registravam quedas expressivas nesta segunda-feira (27), iniciando uma semana que será fortemente influenciada pela decisão do Fed (Federal Reserve) sobre os juros. 

Além disso, quatro das sete grandes empresas de tecnologia devem divulgar seus resultados trimestrais nos próximos dias. Meta Platforms, Microsoft e Tesla apresentam seus balanços na quarta-feira, enquanto a Apple fará o anúncio na quinta-feira.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: -1,11%

S&P 500 Futuro: -1,86%

Nasdaq Futuro: -3,06%

Bolsas asiáticas

Na Ásia-Pacífico, a maioria dos mercados fechou em alta, com os investidores assimilando os dados de lucros industriais e de manufatura da China.

O setor fabril chinês sofreu contração em janeiro, com o índice oficial de gerentes de compras (PMI) marcando 49,1, abaixo da expectativa de 50,1 da Reuters.

Já os lucros industriais da China apresentaram um aumento de 11% em dezembro comparado ao ano anterior, embora, no acumulado anual, a queda tenha sido observada pelo terceiro ano consecutivo.