Café com BPM: bolsas globais sobem à espera de falas do Fed

As bolsas globais operam em alta no pré-mercado desta sexta-feira (10). No último dia útil da semana está agendada uma série de discursos de membros do Fed (Federal Reserve), incluindo os presidentes Lorie Logan, de Dallas, Neel Kashkari, de Minneapolis, e Austan Goolsbee, de Chicago. 

Além deles, a governadora Michelle Bowman também está prevista para fazer um discurso. Além dessas intervenções do Fed, os dados de confiança do consumidor dos EUA para o mês de maio serão divulgados.

EUA

Os índices futuros dos EUA estão em alta após o Dow Jones atingir sua maior sequência de ganhos desde dezembro.

O Dow avançou 0,85%, marcando o sétimo dia consecutivo de vitórias, o melhor desempenho desde uma sequência de nove dias em dezembro.

O S&P 500 também teve um ganho de 0,51%, ultrapassando os 5.200 pontos pela primeira vez desde abril. Enquanto isso, o Nasdaq registrou um aumento de 0,27%.

Os investidores estão mais otimistas, especialmente depois que o Federal Reserve indicou que uma alta nas taxas de juros não é provável no próximo movimento, o que é visto como positivo para as ações.

Além disso, resultados trimestrais robustos e alguns dados econômicos mais fracos aumentaram a confiança no mercado de ações.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: +0,30%

S&P 500 Futuro: +0,39%

Nasdaq Futuro: +0,48%

Bolsas asiáticas

Na Ásia, os mercados encerraram majoritariamente em alta, seguindo o bom desempenho de Wall Street e a expectativa renovada sobre cortes nas taxas de juros nos EUA.

O Hang Seng liderou os ganhos na Ásia, com um salto de 2,30% em Hong Kong, atingindo o maior nível desde agosto do ano passado.

Essa alta também foi impulsionada por notícias de que a China está considerando isentar investidores individuais do pagamento de impostos sobre dividendos de ações de Hong Kong adquiridas por meio do esquema de negociação ‘Stock Connect’.

Shanghai SE (China), +0,01%

Nikkei (Japão): +0,41%

Hang Seng Index (Hong Kong): +2,30%

Kospi (Coreia do Sul): +0,57%

ASX 200 (Austrália): +0,35%

Bolsas europeias

Nos mercados europeus, a tendência é de alta, especialmente após dados mostrarem que a economia do Reino Unido saiu de uma recessão.

O PIB do primeiro trimestre aumentou 0,6%, superando as estimativas de 0,4%. O Reino Unido havia entrado em uma recessão leve no segundo semestre de 2023.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,75%

DAX (Alemanha): +0,75%

CAC 40 (França): +0,77%

FTSE MIB (Itália): +0,96%

STOXX 600: +0,86%

Ibovespa: relembre a véspera

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão da última quinta-feira (9) com queda de 1%, aos 128.188, 34 pontos. O dólar comercial subiu 1,01%, a R$ 5,14.

A queda do Ibovespa veio após o mercado digerir a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de reduzir em 0,25 p.p (ponto percentual) a taxa Selic (taxa básica de juros). O movimento veio como uma “quebra de expectativa”, como disse Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.

Radar corporativo

A Localiza (RENT3) apresentou, no pós-fechamento da última quinta-feira (9), um expressivo aumento de 40,6% no lucro líquido durante o primeiro trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023, atingindo a marca de R$ 733,5 milhões, ante os R$ 521,6 milhões anteriores.

Além disso, o Magazine Luiza (MGLU3) teve um lucro de R$ 27,9 milhões no primeiro trimestre de 2024. Com o valor, o Magalu reverte o prejuízo de R$ 391,2 milhões apresentado no mesmo período em 2023.

Agenda do dia

O fim desta semana traz a divulgação de importantes dados econômicos tanto no Brasil quanto nos EUA.

No Brasil, destaca-se a divulgação do IPCA de abril, com o consenso LSEG prevendo um aumento de 0,35% em relação ao mês anterior e de 3,66% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Além disso, o ministro Haddad terá um almoço com lideranças, discutindo sobre a Economia Brasileira 2024 no Banco do Brasil, e participará do lançamento e sessão de autógrafos do livro “Entre Franciscos” de Gabriel Chalita.

Nos EUA, será divulgado o índice de confiança do consumidor de maio, um indicador importante para avaliar o sentimento e as expectativas dos consumidores em relação à economia.