Pré-mercado

Café com BPM: bolsas globais sobem e iniciam semana com juros no radar

Os agentes das bolsas globais seguem atentos na agenda desta semana

Bolsas globais sobem
Bolsas globais sobem (Foto: Freepik)

Os índices futuros dos EUA e as bolsas europeias iniciam a semana em alta, seguindo a tendência de fechamento dos mercados asiáticos nesta segunda-feira (18). Esta semana será marcada por decisões de política monetária tanto nos EUA quanto no Brasil.

No mercado brasileiro, a expectativa é de um corte de 0,50 ponto percentual (p.p.), enquanto nos EUA prevê-se a manutenção das taxas entre 5,25% e 5,50%.

Bolsas globais monitora juros e meta fiscal 

Os agentes das bolsas globais seguem atentos na agenda desta semana, que traz uma série de decisões de política monetária, com pelo menos dez bancos centrais globais definindo suas políticas, destacando-se três deles. 

O Fed (Federal Reserve) possivelmente deve consolidar junho como o início dos cortes nas taxas, embora possa encurtar o ciclo de afrouxamento diante da persistente inflação, de acordo com a expectativa do mercado. A decisão acontece na quarta-feira (20).

A incerteza reside na possibilidade de o gráfico de pontos projetar menos de três cortes nas taxas de juros, o que poderia exercer pressão global sobre o dólar, que já está se aproximando dos R$ 5 no Brasil. 

No Japão, se o Banco do Japão não acabar com os juros negativos agora (a decisão sai hoje à meia-noite), a normalização das taxas provavelmente não ocorrerá antes de abril. Quanto ao Comitê de Política Monetária (Copom), na quarta-feira, o forward guidance de novos cortes de 0,5pp nas próximas reuniões será avaliado. 

A semana, agitada para os negócios, também reserva o relatório bimestral de avaliação do Orçamento, que será enviado ao Congresso na sexta-feira (22).

EUA

O tom de cautela na ultima sexta feira (15), atribuído ao vencimento triplo de opções sobre ações, somado à expectativa de que Fed e BoE deixem seus juros básicos inalterados impulsionaram os índices futuros da bolsa dos EUA no pré-mercado da manhã desta segunda-feira (18).

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: +0,01%

S&P 500 Futuro: +0,34%

Nasdaq Futuro: +0,65%

Bolsas asiáticas

As bolsas asiáticas fecharam em alta, impulsionados por dados econômicos positivos da China e à espera da decisão de política monetária do Banco do Japão (BoJ). O índice Nikkei liderou os ganhos, subindo 2,67% em Tóquio hoje, enquanto o Xangai Composto na China continental também registrou alta de 0,99%.

Shanghai SE (China), +0,99%

Nikkei (Japão): +2,67%

Hang Seng Index (Hong Kong): +0,10%

Kospi (Coreia do Sul): +0,71%

ASX 200 (Austrália): +0,07%

Bolsas europeias

Na Europa, as bolsas operam no território positivo, com os investidores aguardando a próxima reunião de política monetária do Federal Reserve, que começará na terça-feira, com a decisão prevista para o dia seguinte.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,12%

DAX (Alemanha): +0,41%

CAC 40 (França): +0,20%

FTSE MIB (Itália): +0,47%

STOXX 600: +0,11%

Ibovespa: última sessão da semana

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão da última sexta-feira (15) com queda de 0,74%, aos 126.741,81 pontos. O dólar comercial subiu 0,22%, a R$ 4,99.

Em mais uma sessão desvalorizada, as ações da Vale (VALE3) enfraqueceram o Ibovespa novamente. A mineradora brasileira passa por um período conturbado, com o minério-de-ferro, que caiu 10% no decorrer da semana.

Com isso, os pares do setor levaram o efeito negativo adiante e também recuaram. Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos, avalia também, em resposta ao BP Money, a queda das ações mais sensíveis aos juros.

Radar corporativo

Alexandre Sampaio, diretor do Cetur (Conselho Empresarial de Turismo) da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), afirmou, em entrevista ao BP Money, que o setor não abrirá mão do Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) para este ano.

Sobre a Bolsa de Valores brasileira, o BTG Pactual manteve sua perspectiva neutra em relação à B3 (B3SA3), considerando os dados operacionais de fevereiro da Bolsa de Valores como mistos. Houve melhorias mês a mês, porém ficaram aquém dos níveis do ano anterior.

Agenda do dia

Esta semana, as atenções estão voltadas para as decisões sobre juros no Brasil e nos EUA. No Brasil, espera-se uma redução de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, para 10,75% ao ano, com foco no comunicado que acompanhará a decisão, especialmente em relação às próximas direções do Comitê.

Nos EUA, o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, após o comunicado, será crucial, com expectativa de manutenção da taxa no intervalo atual de 5,25-5,50% até a próxima reunião em junho.

Além disso, outros indicadores econômicos importantes estão programados, como o IGP-10 e o IBC-Br no Brasil, e dados da balança comercial e inflação na Zona do Euro.

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