As bolsas globais registram alta no pré-mercado desta segunda-feira (1º). Os índidices futuros de NY iniciam o primeiro semestre de 2024 com expectativas voltadas para os dados do PMI da indústria do S&P, do ISM da indústria e dos gastos com construção de junho.
Com a semana de negociações encurtada pelo feriado de 4 de julho, que fechará o mercado na quinta-feira, os investidores aguardam ansiosamente o relatório de empregos (payroll) de junho, previsto para sexta-feira, que fornecerá insights cruciais sobre o mercado de trabalho.
Na véspera do feriado, quarta-feira, os pregões em Wall Street fecharão mais cedo. No entanto, a agenda da semana é carregada de eventos importantes, incluindo um discurso de Powell, a ata do FOMC e o relatório de empregos.
Embora a inflação controlada do PCE tenha reacendido a esperança de um corte de juros em setembro, comentários hawkish dos membros do Fed têm contido o otimismo.
No Brasil, a semana será mais tranquila em termos de indicadores, com destaque para os dados de produção industrial de maio.
Os investidores estarão focados no comportamento do dólar, que fechou a sexta-feira cotado a R$ 5,60, e suas implicações inflacionárias em meio às preocupações fiscais e com a trajetória da dívida pública.
O presidente Lula continua criticando o Banco Central e resiste à proposta da Fazenda de desvincular o salário mínimo do reajuste dos benefícios assistenciais e previdenciários, ampliando a incerteza no mercado sobre a política fiscal.
A volatilidade cambial também afetou a curva de juros, com o DI precificando uma alta de 0,75 ponto na Selic até o final do ano, em desacordo com o cenário base do Banco Central, cujo presidente, Campos Neto, já declarou que um aumento de juros não está sendo considerado.
EUA
No primeiro semestre, o S&P 500 acumulou um ganho de 14,5%, enquanto o Nasdaq registrou uma alta de 18,1%.
O Dow Jones teve um desempenho inferior, avançando apenas 3,8% devido a uma retração no segundo trimestre.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: +0,16%
S&P 500 Futuro: +0,09%
Nasdaq Futuro: +0,02%
Bolsas asiáticas
Os mercados asiáticos encerraram com ganhos, impulsionados pela reação dos investidores aos dados da atividade empresarial de junho na China e à confiança empresarial no Japão.
O PMI industrial da China ficou em 49,5, o mesmo nível de maio, marcando seu segundo mês consecutivo em território de contração.
No entanto, uma pesquisa privada sobre a atividade manufatureira na China apresentou resultados divergentes dos dados oficiais, mostrando a maior melhoria nas condições de negócios em três anos. O S&P Caixin PMI subiu para 51,8 em junho, comparado a 51,7 em maio.
Shanghai SE (China), +0,92%
Nikkei (Japão): +0,12%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,01%
Kospi (Coreia do Sul): +0,23%
ASX 200 (Austrália): -0,22%
Bolsas europeias
Na Europa, os mercados operam em alta, alimentados por especulações de que o partido de extrema direita de Marine Le Pen enfrentará dificuldades para obter maioria absoluta nas eleições francesas, o que aliviou as preocupações dos investidores sobre uma possível mudança radical na política da segunda maior economia da região.
O partido Reagrupamento Nacional (RN) de Marine Le Pen liderou o primeiro turno das eleições parlamentares com cerca de 34% dos votos, conforme pesquisas da IFOP, Ipsos, OpinionWay e Elabe no último domingo (30). O segundo turno das eleições na França ocorrerá em 7 de julho.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,33%
DAX (Alemanha): +0,31%
CAC 40 (França): +1,34%
FTSE MIB (Itália): +1,22%
STOXX 600: +0,37%
Ibovespa finaliza 1º trimestre com quedas consideráveis
O título de “pior do mundo” é um peso que ninguém gostaria de carregar, felizmente, pelo menos nos primeiros 6 meses do ano, o Ibovespa se livrou do rótulo, que carregou no 1TRI24. No entanto, a distância não foi tão grande, no semestre acumulado a Bolsa brasileira teve a 3ª maior perda no mundo.
Conforme levantamento feito pelo BP Money, após o fechamento do dia 28 de junho, através de dados do TradingView, o Ibovespa fechou o semestre com perdas de 7,66%. O número representa uma recuperação pelo avanço nas últimas sessões do mês, visto que, anteriormente, até o dia 26 de junho, chegou a cair 8,60% no semestre.
Radar corporativo
A Ânima Educação (ANIM3) anunciou ao mercado, a saída de Marcelo Bueno do cargo de CEO, sendo que Paula Maria Harraca, membro do conselho de administração, foi indicada como sua substituta.
Além disso, a Saudi Aramco atribuiu contratos de construção no montante de US$ 25 bilhões para o avanço do projeto de gás de Jafurah, como parte de seus esforços para expandir a produção desse combustível, visto como crucial para seus planos de reduzir as emissões que contribuem para o aquecimento global.
Agenda do dia
Veja a agenda desta segunda-feira (1º):
Indicadores:
- 04h55 – Alemanha: PMI industrial de junho (S&P Global/HCOB)
- 05h00 – Zona do Euro: PMI industrial de junho (S&P Global/HCOB)
- 05h30 – Reino Unido: PMI industrial de junho (S&P Global/CIPs)
- 08h00 – FGV: IPC-S de maio e Índice de Confiança Empresarial de junho
- 08h25 – Banco Central: Relatório Focus
- 09h00 – Alemanha: CPI preliminar de junho (Destatis)
- 10h00 – Brasil: PMI industrial de junho (S&P Global)
- 10h45 – EUA: PMI industrial de junho (S&P Global)
- 11h00 – EUA: PMI industrial de junho (ISM)
- 11h00 – EUA: Investimentos em construção de maio (Departamento do Comércio)
- 12h00 – Mundo: PMI industrial de junho (S&P Global/JPMorgan)
Eventos:
- Portugal: Roberto Campos Neto participa do Forum on Central Banking
- 08h30 – Haddad participa de reunião com Afonso Bevilaqua (FMI)
- 15h00 – Haddad participa de reunião com a ministra Marina Silva
- 16h00 – Portugal: Christine Lagarde (BCE) discursa em fórum