Pré-abertura

Café com BPM: bolsas iniciam semana reduzida em queda

Os mercados globais estendem fluxo da semana anterior com foco em dados de inflação

Bolsas iniciam semana reduzida em queda
Bolsas iniciam semana reduzida em queda (Foto: Freepik)

Com a semana encurtada devido ao feriado da Páscoa, a B3 e as bolsas globais encerram suas atividades na sexta-feira (25). No entanto, mesmo sem operações nesse dia, Nova York terá uma agenda relevante, com destaque para os dados do PCE de fevereiro e a participação de Powell em um evento.

Além disso, a revisão do PIB do quarto trimestre nos EUA será divulgada um dia antes.

Apesar disso, a semana está sendo movimentada. Nesta segunda-feira (25), os principais mercados apresentam uma leve queda, com os investidores aguardando dados econômicos que possam oferecer mais insights sobre o rumo da política monetária.

Bolsas estendem fluxo da semana anterior com foco em dados de inflação

Na semana passada, o foco principal dos agentes das bolsas globais esteve no Fed (Federal Reserve), que manteve as taxas de juros estáveis, como esperado. Embora o resumo das projeções econômicas tenha indicado cautela em relação à desinflação, o presidente Jerome Powell transmitiu uma mensagem otimista durante a coletiva de imprensa, impulsionando os índices americanos.

Esta semana, os olhares estão voltados para a leitura final do PIB do quarto trimestre de 2023 e para os dados de inflação do núcleo do deflator das despesas de consumo pessoal. O dado causa apreensão quanto a possíveis impactos positivos nos mercados, o que poderia reduzir as expectativas de três cortes adicionais nas taxas de juros este ano.

Além disso, dirigentes do Fed e do BCE farão declarações públicas, o que pode fornecer insights sobre futuras decisões nos EUA e na zona do euro.

Enquanto isso, no mercado nacional, os investidores estão atentos a uma série de eventos, incluindo o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) na quinta-feira, o IPCA-15 de março na terça-feira e, especialmente, a ata do Copom, que será publicada amanhã.

Na semana passada, o comunicado do BC deixou algumas incertezas em aberto ao não detalhar as “incertezas domésticas” que motivaram a mudança no guidance futuro, que agora está limitado a uma reunião (maio).

Os investidores aguardam a ata para confirmar se o Copom está preocupado com as incertezas fiscais, apesar de o governo ter anunciado um bloqueio de gastos de menos de R$ 3 bilhões no relatório bimestral de inflação, sem alterar a meta fiscal.

EUA

Nas bolsas dos EUA, os índices futuros apresentam uma leve queda na sessão desta segunda-feira (25). Apesar disso, o mercado americano está prestes a completar seu quinto mês consecutivo de ganhos, com os principais índices de referência de ações alcançando novos níveis históricos de fechamento na semana passada.

Na semana passada, o S&P 500 registrou um aumento de cerca de 2,3%, enquanto o Dow teve um ganho um pouco menor, mas ainda assim significativo, de quase 2%, marcando sua melhor semana desde dezembro. Enquanto isso, o Nasdaq Composite teve um aumento de aproximadamente 2,9% durante o mesmo período.

Esses ganhos foram impulsionados pelas mais recentes indicações do Fed que manteve sua política de redução das taxas de juros para este ano.

O contínuo entusiasmo dos investidores pelas ações de tecnologia também é um fator que colaborou para as altas, especialmente em meio à recuperação impulsionada pela inteligência artificial.

Embora o sentimento geral dos investidores permaneça acima da média histórica, alguns têm receios sobre o impacto potencial de taxas de juros mais altas por um período prolongado.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: -0,13%

S&P 500 Futuro: -0,13%

Nasdaq Futuro: -0,18%

Bolsas asiáticas

As bolsas asiáticas encerraram o dia em queda nesta segunda-feira (25), com as bolsas chinesas aguardando novos dados econômicos e a bolsa de Tóquio recuando após atingir recentes máximas históricas.

Shanghai SE (China), -0,71%

Nikkei (Japão): -1,16%

Hang Seng Index (Hong Kong): -0,16%

Kospi (Coreia do Sul): -0,40%

ASX 200 (Austrália): +0,53%

Bolsas europeias

Enquanto isso, as bolsas europeias operam de forma mista e sem direção clara na manhã do primeiro dia útil da semana.

Com uma agenda fraca para o dia e uma semana encurtada devido ao feriado da Sexta-feira Santa, os investidores no continente europeu estarão atentos às declarações dos dirigentes dos principais bancos centrais nas próximas horas, em busca de possíveis comentários sobre política monetária ou perspectivas econômicas.

Na semana passada, autoridades do BCE expressaram a visão de que um corte inicial nas taxas de juros pode ocorrer em junho, desde que a inflação na zona do euro demonstre sinais de uma movimentação sustentável em direção à meta oficial de 2%.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,17%

DAX (Alemanha): 0,04%

CAC 40 (França): -0,25%

FTSE MIB (Itália): 0,40%

STOXX 600: -0,15%

Ibovespa: pregão que encerrou a semana

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão da última sexta-feira (22) com queda de 0,88%, aos 127.027,10 pontos. O dólar comercial subiu 0,39%, a R$ 4,99.

Para finalizar a semana, o Ibovespa seguiu a sessão sem forças para emplacar alta. No decorrer dos dias, o índice foi influenciado pelas decisões sobre o corte de juros no Brasil e nos EUA, bem como as incertezas quanto à inflação e ao risco fiscal. Em resposta ao BP Money, especialistas teceram uma avaliação sobre o cenário e as ações em destaque no dia.

Radar corporativo

No noticiário do radar corporativo durante este final de semana destaca-se o pedido de recurso da Marfrig (MRFG3), que foi negado pela 2ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho, impondo, assim, o pagamento de R$ 1,7 milhões por dano moral coletivo aos motoristas carreteiros. O processo iniciou pela jornada excessiva de trabalho dos funcionários.

Ainda sobre trâmites, uma apuração interna movida pela Petrobras (PETR4), em janeiro deste ano, a pedido do Conselho Administrativo, foi arquivada ao constatar que não houve irregularidades. A empresa investigava Deyvid Bacelar, por criticar os executivos da estatal nas redes sociais.

Agenda do dia

A semana mais curta tem início com uma agenda econômica contida, mas ainda assim traz importantes indicadores.

No Brasil, os investidores estarão atentos aos dados de inflação medidos pelo IPCA-15, à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios e ao mercado de trabalho, através do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

Nos EUA, os destaques da semana incluem a divulgação do PIB e dados sobre inflação. A dinâmica inflacionária será monitorada de perto com a divulgação do deflator dos gastos pessoais (PCE).

Além disso, nos EUA, às 11h, será divulgado o relatório de Novas Moradias.

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