Café com BPM: bolsas mistas à espera de balanços; China segue no radar

As bolsas globais abriram de forma mista nesta segunda-feira (14), oscilando perto da estabilidade. Na semana anterior, a temporada de balanços ganhou destaque com os resultados de Wells Fargo e JPMorgan Chase, que indicaram sinais de recuperação no setor bancário americano.

Na terça-feira (15), o mercado aguarda as divulgações dos balanços de empresas como Bank of America, Goldman Sachs e Johnson & Johnson, que podem fornecer uma visão mais clara sobre a economia americana.

Internacionalmente, a China foi destaque no noticiário após anunciar, no fim de semana, novos estímulos fiscais durante uma coletiva no sábado.

O governo chinês pretende emitir 2,3 trilhões de yuans (aproximadamente US$ 325 bilhões) em títulos especiais nos próximos três meses, buscando estimular sua economia, que enfrenta dificuldades. Esse pacote econômico trouxe otimismo, com analistas prevendo um crescimento de até 5% para o país.

Em Nova York, o feriado de Columbus Day mantém o mercado de títulos do governo fechado, mas as bolsas seguem operando normalmente. No calendário corporativo, a temporada de balanços continua, com bancos entre os principais destaques na terça-feira.

Já na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) poderá decidir sobre uma possível nova redução nas taxas de juros nesta quinta-feira (5ª feira). No Brasil, o IBC-Br, que mede a atividade econômica, será divulgado pela manhã, enquanto o mercado acompanha discursos importantes de Gabriel Galípolo e Fernando Haddad em um evento promovido pelo Itaú.

EUA

Na sexta-feira, os índices alcançaram novos recordes de fechamento, impulsionados principalmente pelo setor financeiro, após grandes bancos apresentarem sólidos resultados trimestrais.

Além disso, os dados recentes sobre a inflação reforçaram as expectativas de que o Fed (Federal Reserve) possa reduzir os juros já em novembro.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: -0,08%

S&P 500 Futuro: +0,09%

Nasdaq Futuro: +0,13%

Bolsas aiáticas

Na região Ásia-Pacífico, as bolsas encerraram a segunda-feira em alta, motivadas por uma coletiva de imprensa na China.

Embora a sessão tenha sido marcada por volatilidade, as bolsas chinesas registraram ganhos após o Ministro das Finanças chinês declarar, no sábado, que o governo possui espaço considerável para aumentar o déficit fiscal e estimular a economia.

No entanto, analistas consideraram os dados inflacionários frustrantes e destacaram a falta de detalhes sobre os estímulos econômicos anunciados. Para complicar o cenário, a China divulgou números de exportação e importação abaixo das expectativas em setembro.